quarta-feira, fevereiro 5

QUEM SOU?



Bom! Parece mesmo que vou ter que falar um pouco sobre mim, o que não é de todo agradável.
Não! Não é modéstia, eu não sou modesto. Há até quem me acuse de convencido e vaidoso, epítetos que não me incomodam muito. Mas na verdade, há outros temas que me aliciam mais.
Mas se tem que ser, avancemos, vamos lá falar um pouco.
Começaria parodiando um pouco Camões, com “as verdadeiras minhas são tamanhas, que excedem as sonhadas fabulosas, excedem Rodamonte e o vão Rugeiro e Orlando, inda que fora verdadeiro”.
Ahhhhh! Nem eu acredito, quanto mais vocês. Pronto, vamos lá falar a sério…
Eu sou um tipo com uma vida complicada e umas largas centenas de livros às costas. Aparte isso, sou o mais genuíno de todos os chaparros alentejanos.
Amo este planalto onde o olhar não tem preguiça de se estender, os homens são a princípio desconfiados mas amigos de quem o merece e demonstram o maior atributo dos seres inteligentes, uma imensa capacidade de rir de si mesmo.
Nunca fui patrioteiro, a causa de Olivença não me motiva, acredito piamente que a minha pátria é a língua portuguesa, seja lá onde ela se falar. Mas se valer alguma coisa a noção de Pátria, ou Mátria, a minha é o Alentejo.
Gosto de ler, escrever e pensar. Neste momento leio pouco, para não me influenciar muito, escrevo sempre que posso e penso; porque é impossível parar de o fazer.
Gosto muito mais de escrever em prosa, mas paradoxalmente nos últimos tempos, tenho cedido ao que alguns chamam poesia e eu teimo em catalogar de textos poéticos.
Mas por vezes já me vai sabendo bem, quando me chamam poeta, uma cedência á vaidade.

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