quinta-feira, fevereiro 13

Joaquim António Godinho - Escritor



In ARRUMADOR DE PALAVRAS «O Livro»

Este texto é o mais datado possível, como podem ver. Não resisti á pequena vaidade de escrever algo no dia do meu aniversário. O tempo intriga-me, acho que ainda não percebi bem para quê medi-lo.

Contar o tempo

O tempo não pára, não nos espera, porque nos carrega na corrida incansável para o fim. Ou para o outro lado.
Não contamos todos os dias, porque somos nós em viagem e raramente temos tempo para fazer o balanço diário, os dias encadeiam-se, começamos outro sem mesmo esperar que o anterior termine, é a vida a correr, imparável.
Normalmente todos fazemos o balanço anual, ou fazem-no por nós, ao arrepio da nossa vontade; Parabéns, é o teu aniversário. E nós ficamos felizes pela lembrança, ou aborrecidos pelo mesmo motivo; um paradoxo.
Hoje faço cinquenta e três anos (53) e não estou feliz nem triste, estou tranquilo e a caminhar para o velho, (ser velho, é quando a maioria das pessoas que vamos conhecendo são mais novos do que nós).
Mas este facto não me tira o sono. Há cinco anos era bem mais velho do que sou hoje, quer física quer espiritualmente. O nosso entorno e os factores emocionais da nossa vida, influenciam em muito o passar do tempo e os estragos que provoca.
Por este andar, não tarda muito estou com vinte e cinco (25).

1 comentário:

  1. Achei graça e estou contigo.
    Sou bem mais velha do que tu e sou feliz, por isso mesmo.
    Bj.
    M.M.

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