terça-feira, maio 28

Autárquicas 2013



Acabei de tomar conhecimento das listas concorrentes a Seda, nas próximas eleições locais.
Vou deixar os nomes dos três primeiros de cada lista, os que contam, e a minha apreciação com pontuação de 0 a 10.
Será muito subjetivo, mas nada mais é que a minha opinião.

CDU –
Mário Sérgio (9), Catarina Costa (6), Edgar Roldão (7). Total 22 pontos.

PS –
Manuel Marques (8), João António (4), Eugénia Varela (3). Total 15 pontos.

PSD –
Joaquim António (6), Maria Júlia (7), Dionísio Abaladas (6). Total 19 pontos.

O porquê do mais e do menos?
O mais    - Trabalhei com ele um mandato na junta, sei o quanto vale.
0 menos - Chegou a Seda há 15 dias, uma falta de respeito por todos nós.

Agora espero os programas.

segunda-feira, maio 27

Palhaços, bestas, animais e outros que tais…



Definitivamente nós, pelo nosso passado, literatura, e figuras maiores, devíamos ser merecedores de algum respeito.
Miguel Sousa Tavares é uma besta. Habituado a vomitar todas as alarvidades, perdeu a tramontana e excedeu-se.
Não se pode chamar palhaço ao Presidente da República por dois motivos.

1º Porque o cargo merece respeito, e devemo-lo, mesmo ocupado pelo inenarrável Sr. Silva
2º Porque os palhaços são gente digna, não um alarve cara-de-pau incompetente.

Sousa Tavares caiu no ridículo, agora é justo que pague as consequências da sua burrice.
Eu nutro um profundo respeito pelo senhor Presidente da República, ainda maior que o desprezo que tenho por Cavaco Silva.
Nunca lhe concederia a dignidade de ser palhaço, não lhe acho gracinha nenhuma.

- j a godinho -

sábado, maio 25

Luar dos Dias - Revisto



Joaquim Carrapato, um dos meus personagens. Pastor, pouco letrado e de uma enorme sabedoria e sensatez. O homem que eu queria ter sido.

Monólogos

“Acontece quando tenho uma folha em branco e me apetece escrever corrido”

Assim falou o meu compadre Joaquim Carrapato.

Sim, voltou! As mudanças quase adivinhadas na última visita acentuaram-se. Trazia a lonjura no olhar e uma maneira de falar de atropelos, muito estranha para quem usa habitualmente um discurso calmo e ponderado.
Despediu-se como sempre, deixou uma envergonhada folha de papel e a frase acima, em jeito de desculpa.

É muito fácil apascentar rebanhos virtuais. Andam na nossa cabeça, não se tresmalham, nem metem boca em pasto alheio. Guardo-os, como se fossem o que são, parte de mim, uma extensão criada pelo meu ser consciente. Conduzo-os com mão firme, obedecem-me cegamente em tudo, chego a fazer deles cenários de outras “realidades”. Porque são sonhos, posso desliga-los quando outros sonhos emergem.
Há meses sonhei algo diferente, algo que nunca tinha ousado sonhar, porque eu nunca misturo estações, se sei que todos os meus sonhos são legítimos, com o real costumo ser comedido, estar de sobreaviso. Foi o sonho mais bonito e real que eu tive. Trazia nos olhos um sorriso de quem trás um mundo inteiro como lastro e deixou-me um medo terrível que eu o fizesse fugir. Dava-me medo olhá-lo, um tremendo pavor que o meu sonho fosse descoberto, ou que não me achasse digno dele. E eu vingava-me, talvez em mim; desviava o olhar embaraçado.
Hoje, o meu embaraço passou. Continuo a meter os pés pelas mãos de confuso, mas tentado ganhar confiança. Acreditar em sonhos e viver.

sexta-feira, maio 24

Autárquicas 2013



Hoje é dia de escolha de candidatos para os comunistas.
Parece que estou a ver alguns a salivar pelo 2º ou 3º lugar, cheiram a massa!

Para este lugar é muito fácil escolher a lista de 9 candidatos.
Há 2 que são capazes, por múltiplos fatores era capaz de acertar qual vai ser.
Depois há os interesseiros incompetentes, querem é dinheiro. Não prestam, fingem que fazem sacrifício, mas querem é dinheiro sem ter que dar a cara.

Também há os conscientes, vão por vaidade e como sabem não ter valor contentam-se em ser 4º, 5º ou 6º. Recebem gulosos 12€, 4 vezes por ano.

E há os puros, que se contentam em fazer número.

Espero que a Junta de Freguesia de Seda, chegue finalmente ao século XXI.

quinta-feira, maio 23

63 – Soltar palavras «Luar dos Dias»



Um texto de 2011.

Soltar palavras

Nunca fui dono de um grande alfobre de palavras.
Uso as que encontro por aí perdidas no vento.
Estico os braços, agarro umas quantas que passam perto,
Analiso-as e semeio-as como minhas na folha branca.

Com respeito e parcimónia, sirvo-me delas e deixo-as ir,
Para o coração de um próximo sedento de se exprimir.

Mas ainda trago no peito algumas palavras cativas!
Já há muito que deviam ter sido soltas, é verdade,
Devia-as a mim, mas sobretudo a ti, que partiste.

Esta minha inibição de me contar, só agora vai passando.
Só passados tantos anos consigo falar de perdas,
Da solidão de quem fica, sem ter respostas.

Das tantas perguntas que não fiz, das coisas que não disse
E da impossibilidade de voltar atrás e refazer tudo.

- j a godinho -