domingo, maio 5

MÃE



Passaram vinte e quatro anos de quase silêncio
Eu, que tão profícuo sou e de palavras fáceis
Vejo-me na contingência obrigatória de ficar mudo
Porque as palavras ficam presas e não saem.

Estes anos todos de olhares que se perderam
Todo este imenso tempo de gestos só pensados
Vinte e quatro anos de carinhos não trocados
Foram vinte e quatro anos de saudades sufocadas

Vinte e quatro longos anos

- j a godinho 05/05/13 -

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