segunda-feira, maio 31

Serões á janela

Sim! É verdade! Voltei a estudar.

Inscrevi-me nas Novas Oportunidades e estou a tentar aprender coisas novas.

Quem me diria, que nesta altura da vida, voltaria a ter trabalhos para apresentar, ter que desenvolver, prestar provas…, ter professores…, e não é que estou a gostar?

Como sabem, não é por precisão que o faço. Os motivos, nem eu sei ao certo. São vários e ainda um pouco confusos na minha cabeça.

Talvez para me testar. Eu costumo olhar para cima e perceber tanta mediocridade, tanto Convencido da Silva, que fico com medo de também ter estagnado, ter-me tornado assim.

Também por desafio. Quero saber se estes anos difíceis não afectaram as minhas capacidades. Nada melhor para isso, que ir a jogo, ser avaliado.

O convívio também conta. É sempre enriquecedor conhecer pessoas novas, falar de coisas diferentes.

Quero acima de tudo perceber, se o mundo que eu vejo através da minha janela é real, ou só está na minha cabeça.


P’la janela entra a luz e sai o mundo

Das tardes e serões a ver passar

Uma vida que só pode compensar

Pela forma de entender o que é profundo

sábado, maio 29

E o burro sou eu?

É vergonhoso o que se está a passar com a selecção. O 3º classificado da Fifa empatar em casa com o 117º, e ficar contente porque se conseguiu o pretendido?
Mesmo num treino, Portugal tinha obrigação de golear Cabo Verde, sempre.
Vamos sair da África do Sul cobertos de vergonha.
Só há uma solução para evitar o descalabro.
Convidar o Mourinho a fazer uma convocatória a sério e orientar a equipa no campeonato do mundo.

A Imagem Repete-se

Agora com o verão, os miúdos (e alguns graúdos) vão ter muito sol que apanhar. A junta podia pelo menos plantar umas árvores. Mesmo que não servissem para estes, os filhos deles beneficiariam.
Valongo já tem total cobertura wirless. Por lá, já chegou o progresso.

sexta-feira, maio 28

Vida Nova

Vamos recomeçar. Como faço sempre, a cada contrariedade agarro as forças que me restam e vou em frente. O velho Crónicas do Planalto deu lugar ás Crónicas de Seda. Talvez seja um nome transitório, mas é o que fica por agora.
É uma Vida Nova que paradoxalmente começa com uma fotografia antiga.
Ano de 1972, Escola de Seda, hoje desactivada, e os miúdos das quatro classes. Tempos de separação, as raparigas tinham outra professora, outra sala, espaço demarcado no recreio, figuravam noutra fotografia da vida a preto e branco dum país cinzento, triste.
De todos estes miúdos, alguns já nem reconheço, outros "partiram", a maioria anda por aí, gordos, carecas, a cuidar de sobreviver.
É imparável a voragem do tempo. Num ápice, voaram trinta e oito anos.