sábado, março 31

Jornal Alto Alentejo

Um texto meu foi publicado

sexta-feira, março 30

Perguntas


Há perguntas difíceis! Esta que me propuseram hoje para reflecção, é por demais complicada. “O que é a felicidade?”.
Mas eu abato as complicações com muita facilidade e tenho a resposta na ponta da língua: “Não sei!”.
A ideia de felicidade é muito abstrata, depende das expectativas de cada ser humano. Não existe “a felicidade” por si só, mas estados de alma individuais que são propensos a estar feliz. O substantivo “felicidade”, não o vejo associado ao verbo ser, mas ao estar. É transitoriedade e felizes são os que o estão mais vezes.
Mas como não quero defraudar a “perguntadeira”, vou falar um pouco da “minha felicidade”, assim já posso ser conciso.
Não sou especialista, quem me conhece sabe, mas como nunca esperei demais do que raramente senti, um pequeno naco chega-me. E eu saboreio-o absolutamente.
Eu, que nunca fui feliz, já senti picos de felicidade ao valorizar momentos em que “estive”.
Já me senti feliz ao ouvir; “gosto muito de ti”, “amo-te”, ou “estou a ver/ler o que me mandou e impressionada”. Hoje mesmo já me disseram; “Posso contar-te um segredo? Amo-te!”, eu respondi no meu jeito brincalhão; “Já desconfiava, mas é sempre bom ouvir” e nesse momento eu fiquei feliz.
Agora devia, para dar um equilíbrio, contar, tentar definir “O que é a infelicidade”, mas não me apetece. Pronto!
Teria muitas páginas a escrever e sabem que eu gosto de textos curtos.

quinta-feira, março 29

LUAR DOS DIAS


O meu livro já chegou.
Quem vive em Seda, ou cá venha passar a Páscoa sabe onde me encontrar

Encomendas podem ser feitas por mail ou telefone.

Telef – 245 636 129

Mais informações podem ser dadas via Facebook

Galinhas - A Arte de (a.m.v.a.)


Tenho o contacto para possíveis encomendas.

Galinhas - A Arte de (a.m.v.a.)



Uma verdadeira artista a minha amiga.

quarta-feira, março 28

Agradecimento á Câmara


Deixo aqui o meu agradecimento á Câmara Municipal de Alter do Chão, nas pessoas dos seus Vereadores, pelo apoio concedido á edição do meu livro Luar dos Dias.
Honra-me perceber que os meus representantes municipais são sensíveis às manifestações culturais do concelho e não recusam apoiar o “trabalho” de alguém que nasceu, estudou e sempre por cá viveu.
Não é por acaso que o livro ostenta na capa o meu pseudónimo; Alexandre Mello-Alter.

Bem hajam

terça-feira, março 27

Pensamentos


Há dias a esta parte parece-me que estou um pouco abestalhado, bem, um pouco mais do que seria normal.
Sinto-me estar desligado de mim, não consigo acertar o “eu” que pensa com o que arruma palavras, o que é dramático.
Quando tal acontece, demasiadas vezes para meu gosto, deixo de escrever. Fico incapaz de enfileirar meia dúzia de palavras com sentido e eu sem escrever não vivo.
Então “faço filmes”. Na minha cabeça é o fim, perdi o jeito de escrever os meus desconchavados textos e fujo do word a sete pés.
Hoje obriguei-me a vir aqui porque tenho uma curta história que não quero calar.
No último sábado recebi uma visita do passado, de há trinta e cinco anos, imaginem!
Antiga colega, só conhecida na altura e irmã de uma amiga, as redes sociais aproximaram-nos e tornaram-nos amigos de conversas engraçadas.
Trouxe-me algo inesquecível, a sua presença, o “estou aqui amigo” e a certeza de que como eu, é uma pessoa que gosta de gostar e isso não tem preço.
Como apêndice, veio uma jarra de vidro azul que cheia de flores me alegra e perfuma.
Há! E a ameaça de voltar mais vezes. Obrigado Kalamity.

domingo, março 25

Agradecimento á Junta


Venho publicamente agradecer á Junta de freguesia de Seda, a “apreciação ponderada”, que resultou no não apoio á edição do meu livro Luar dos Dias, (uma iniciativa cultural, sem fins lucrativos).
Os vossos motivos para a decisão, são muito estranhos para terem sido ponderados por um organismo oficial.

Não é lógico que o executivo da Junta se preocupe com:

·         O apoio de outras entidades.
·         O meu dever de comparticipar nos custos, que só a mim diz respeito.
·         Ou se eu tenciono ou não doar algo á instituição Lar de Seda.

Folgo em saber que não foi por falta de verba que a Junta deixou de apoiar o único livro a sério desde 8/01/1925, editado por um seu natural e residente.

sábado, março 24

in Luar dos Dias

À procura de mim

Hoje é domingo e eu estou confuso por demais. Não sei de todo quem sou.
De todos os quatro; Mello, Joaquim, Carrapato e Felizardo, quem é o “eu”? Quem de entre os quatro criou quem? Quem foi criado? Por quem?

O Felizardo não é definitivamente um criador. É pouco mais que uma anedota, nasceu certamente numa sexta-feira treze e deu isto. Parece ser aquele filho que rouba para drogas, que envergonha o pai. Anda por aí, porque não se pode matar um filho, é anti-natural. E é impossível “descria-lo”, enquanto não se identificar o autor de tal desvario. Está fora de hipótese, arruma-se.

O Mello é esperto, pode ser ele? Assina um blogue, mas parece ter mais “pose” que conteúdo. Muito daquilo de que ele se ufana, é escrito pelo Joaquim e pelo Carrapato. Só com uma grande doze de boa vontade o imaginaria a criar personagens, principalmente estas duas últimas que claramente lhe são superiores. Descartá-lo-ia como criador. Mas será criatura de quem?
 
O Joaquim já é uma hipótese mais viável. Não me admiraria se fosse o criador do Mello, parece ter-lhe emprestado características; ateu, livre-pensador, desalinhado de esquerda, e talvez sem querer, um pouco de vaidade e convencimento. Também me parece possível que num momento de saudável loucura tenha criado alguém tão estapafúrdio como o Felizardo. Já me causa espécie, ver o Joaquim como criador do Carrapato. É demasiado convencido para deixar viver alguém capaz de lhe fazer sombra.

O Carrapato é de todos o mais consistente. Homem de uma enorme sensatez, apaixonado, tem contra si a falta de cultura livresca para criar o Mello e o Joaquim. Não fora isso, eu apostaria todas as fichas nele. Mas é demasiado sensato para a “aventura” chamada Felizardo. Fora isso, seria o criador mais provável. A melhor aposta.

Face ao exposto e pesando os prós e os contras, inclino-me para a hipótese de criador ser o Joaquim. Ele tem um grande motivo. Face à sua circunstância, criou os outros e deu-lhes asas, pô-los a voar. Mas, sendo assim, cometeu um erro, que não parece possível nele. Esmerou-se demais no Carrapato. Corre o risco de a Criatura superar o Criador e ainda ter desgostos.

Será mesmo assim? Não sei. Sei que estou preso num labirinto de suposições e perguntas. Apetece-me pedir a alguém que agarre na ponta dum fio e me venha libertar. Mas libertar quem, se eu não sei quem sou…?

(especulações de uma noite de insónia)

sexta-feira, março 23

Asas


Nós devíamos ter asas, meu amor
Para voar como o livre albatroz,
Montar as correntes ascendentes
E planar por todo este imenso céu.

Nós devíamos ter asas, meu amor
Poder abrir as nossas poderosas asas
Vencer todas as barreiras impostas
Concretizar o desejo de estar próximo.

Nós devíamos ter asas, meu amor
Dar umas asas aos nossos sonhos
Viver d’outra maneira, como queremos
Sem precisar de um mundo imaginado.

Nós devíamos ter asas, meu amor
Não só as que tão bem sabemos usar
Mas asas físicas, como as aves.