terça-feira, novembro 30

A Grande Música do Mundo

Gaivota - Amália

Sentires

Por vezes há pessoas que se cruzam na vida
Em sentido inverso
Nem se chegam a tocar, por pudor ou medo

Uma vai no sentido ascendente, onde nunca chega
Infelizmente
A outra vai a caminho do fundo do poço
O destino inevitável e infalível

Mas o mais devagar que possível for.

segunda-feira, novembro 29

Improviso I

Que bom é escrever e fazer-se entender
As nossa mensagens chegarem ao destino
Atingir o alvo e ter disso retorno...

Conversas Soltas


É um privilégio navegar pelas redes sociais, (quem não tem cão, caça com gato), encontrar pessoas interessantes com algo para dizer, dar dois dedos de conversa, rir um pouco.
A minha paixão são as pessoas. Pessoas e tudo o que elas podem ensinar. Se bem que seja difícil que não abundem por aí, quem muito ensine.
No Facebook, tudo é muito superficial, abusa-se do “gosto”, sem grande sentido, como gesto automático. Nós fazemo-lo muitas vezes sem nos darmos ao trabalho de pensar no que gostamos. É a correria de “navegar”. Pouco se sai do grupo restrito de verdadeiros amigos, mesmo que os “amigos” continuem sempre a aumentar. Vou ter que fazer outra “faxina”, 560 é já demais.

Há mais ou menos um mês, encontrei uma pessoa que me chamou a atenção, primeiro pelo nome. Depois, recordei que a conhecia e enviei “pedido de amizade”, aceite. Trocámos poucas palavras, conversa de circunstância. Eu tinha uma ideia muito vaga dela, ela, certamente não me conhecia. Nunca deve ter reparado em mim.

Num destes dias meti os pés pelas mãos. Numa das minhas “tiradas” burlescas, fiz uma alusão descabida. Embora não tivesse sido nada grave, não havia necessidade, como diz o outro. Como reconheço os meus erros, prontamente pdio desculpas. Permitam-me que vos diga que foram imediatamente aceites. Eu nem esperava tanto.

Ora este incidente, levou a outras conversas, troca de mensagens, um conhecimento que estava condenado a nunca acontecer.
Descobri uma pessoa interessante, densa, cheia de conteúdo. Alguém talvez um pouco sofrido mas de uma profundidade a desvendar. O tipo de pessoa que me “enche as medidas”.
  
Que belo incidente…

domingo, novembro 28

Conversas Soltas

E são importantes? As respostas? Quando se encontra uma resposta perde-se o tema. fica resolvido. Importante é o desassossego das perguntas.
Deves pensar que eu sou maluco.
Será que não sou mesmo?
Mais uma pergunta em cuja resposta não estou interessado

Improviso

Estou muito bem e vou escrevendo de improviso, como gosto
As pessoas que gostam de mim, estão aqui, nunca fugiram
Das outras, que importa? Não me fazem falta, nunca fizeram
Tolero-as com indiferença, respeito e educação
O respeito que só entende quem tem alguma qualidade

Arrepiam-me megeras que congeminam abaixo-assinados...
Sobretudo quando o fazem para expulsar colegas, que baixeza
Colegas a quem não chegam nem aos calcanhares
Continuam a ser o que sempre foram, lacaios de despejar penicos

É nojento e triste o que podem fazer estas não pessoas, mas pobres bestas
Gente que acumula todo o tipo de taras, de ignomínias, de falsidade
Vergonhas do género humano

Para esses, no entanto, tudo de bom...

sábado, novembro 27

Bastonário dos Advogados


António Marinho Pinto repete a vitória
Há um ex-Bastonário com umas trombas...

Conversa

Há dias alguém que tem por ofício visitar os lares de todo o distrito, dizia-me que não conhecia nenhum que se comparasse ao nosso. Não tenho dúvidas, não é a primeira pessoa que me dá esse testemunho.
Não há dúvida que está aqui uma obra a todos os títulos notável. Mas além da qualidade do alojamento, também o serviço é de primeira qualidade.
Falta muito pouco para se transformar num oásis de bem estar. Só depende de todos nós.

Queixa das almas jovens censuradas

Natália Correia por José Mário Branco

sexta-feira, novembro 26

AHAHAH (sorriso amarelo)

Mentirosa, tu falas, falas, mas acabas sempre por não me dar nada. Depois deste lindo e bem sugestivo “volto logo”, fiquei cheio de esperança.
Deixei a janela escancarada, com estes frios, atitude só desculpável por loucuras de amor.  
Não esqueci uma corda pendurada na varanda. E o que ganhei? Nada! Passei toda a noite em claro, á espera, com frio.
Tu, mesmo que já não nos afrontem Montésquios e Capulletos, tiveste medo, “faltaste ao prometido”, como na canção do Tê e do Rui.
E eu aprendi uma “triste lição”. A Credulidade é um pecado, que, se esta tremenda constipação não me passa, pode ser Mortal.

quinta-feira, novembro 25

A morte saíu à rua, num dia assim...

Memórias...
No dia de hoje, foi assassinado a tiro nas ruas de Lisboa pelos esbirros da PIDE, o pintor José Dias Coelho.

Improviso

Foram pr' aí três milhões, muito poucos, dizem outros
A eterna guerra dos números, das leituras, interpretações
Eu diria que foram muitos, mais que muitos, um ror de gente
Outros mais não puderam, muito mês de sobra, p'ra poucos ganhos
Muitos tiveram medo de passar á "lista negra" da rua anunciada
E há os outros, os que estão fora do mercado de trabalho, razões várias
Os que só podem sentir "a raiva crescer-lhes no peito"

Raiva contra a "Corja" que há trinta e cinco anos sequestrou o país
A Corja que á vez se locupleta num saque contínuo, de tudo
A Corja de vampiros que esvoaça por cima de todos os "tachos"
A Corja de doutores e engenheiros que enxameiam toda a administração pública
Cursos comprados em universidades manhosas, criadas para lhes "doutorar" a idiotice
A Corja de banqueiros agiotas com ligações estreitas e interesses comuns

Que dia para este desabafo, apropriado, há trinta e cinco anos, estes mesmos...
Fecharam as portas que Abril abriu.
E trouxeram-nos aqui...

Diário Lampião

Liga dos Campeões

Happoel 3 - 0 Benfica

Assim não dá, que vergonha...

quarta-feira, novembro 24

terça-feira, novembro 23

A Grande Música do Mundo

Chico Buarque - Valsinha

O Orçamento do Estado para 2011 e o estado social

Parte III
 (continuação)
No entanto não devemos escamotear a gravidade da situação. Segundo afirma o Prof. Boaventura de Sousa Santos, em estudo recente, se nada se fizer em Portugal para alterar o actual rumo das coisas, dentro de pouco tempo, dir-se-á que o nosso País viveu uma feliz e esperançosa democracia entre o último quartel do século XX e o primeiro decénio do século XXI.

Nos 48 anos que precederam o 25 de Abril de 1974 viveu-se uma ditadura civil nacionalista, personalizada na figura de Oliveira Salazar, no prosseguimento do golpe militar de 1926 e da promulgação de uma nova Constituição da República, em 1933, que deu origem ao chamado “Estado Novo”.

A partir de 2010 corre-se o risco de se entrar num outro período de ditadura civil, agora internacionalista e despersonalizada, conduzida por uma entidade abstracta chamada “mercados” e pelas suas misteriosas análises efectuadas pelas “agências de rating”.

 As desigualdades sociais acentuam-se. A classe média tende a desaparecer e a incorporar-se, compulsivamente, no grupo dos mais pobres. Para a classe mais abastada o Estado Social reduz-se à cobrança de impostos que, segundo dizem, lhes são “esbulhados”. No entanto, os seus filhos frequentam colégios privados, têm seguros de saúde que lhes garantem todos os cuidados de saúde que necessitam sem terem de recorrer à “choldra dos hospitais públicos”; não usam transportes públicos, antes se movimentam em viaturas automóveis topos de gama recebendo altos salários ou acumulando chorudas pensões.

Perante este quadro de desigualdades há quem sustente que os pobres vivem acima das suas possibilidades, como se comer duas refeições diárias da dieta mediterrânica fosse um luxo escandaloso.

Por isso, o crescimento sustentável, o investimento público gerador de emprego, a justiça fiscal, terão de voltar ao vocabulário social e político, através de entendimentos e compromissos entre as forças políticas e as forças da sociedade civil que sempre apoiaram e defenderam o Estado Social.

  (João Aurélio Raposo

segunda-feira, novembro 22

Muito que bem

O papa admite o uso de preservativo

Com a idade que tem, já nunca vai ser um grande encargo para os cofres do Vaticano

Dia a dia

Esteve um dia muito triste hoje. Não gosto destas tardes cinzentas de Outono e Inverno. Eu sou um homem do Sul do Sol, preciso de muita luz, de claridade. 
Espero que o tempo mude...

domingo, novembro 21

Quando o mail chega...

Eu por vezes sou muito palavroso, falo pelos cotovelos, facilmente invento e disponho palavras, facilmente...
Outras, é uma dor de alma escolher as que se adequam, casam melhor com o que me vai na cabeça.
Palavras "biombo" são difíceis de encontrar. Palavras que dizem o que se quer, sem querer dizer tudo.
Vou portanto ser diecto sem pensar muito, dizer o que me apetece.

- Para a minha Mára. Pelo ontem, pelo hoje, por tudo o que eu não mereço.

Vozes do Passado

Bom dia! Bom dia!

Não consegui mais falar contigo, só espero que tudo esteja bem. Vou ao Facebook, mas sinceramente não me dou muito bem, pode ser muito interessante, mas é muita "multidão"....!
Quero comentar no teu mural e só faço asneira. Falar ainda vá lá..., o resto são verdadeiras anedotas!
Sei, compreendo agora como o teu tempo é bastante bem utilizado, mas hoje talvez consigas ter menos gente  Por  isso quero dizer-te :OBRIGADA

Pouca gente agarraria a vida da forma como tu o sabes fazer! 
Casualmente e através de ti, pelo teu incentivo, pela tua coragem de aceitares a vida com as tuas limitações, levando através do teu blogue os teus conhecimentos e acima de tudo, dar-nos a  lição  do grande SER HUMANO que és!  Eu consegui entrar no que rotundamente dizia não, nunca!, eu não necessito da net, não quero...chega-me saber ver e responder aos mails e saber escrever.
Hoje...compreendo que a net não são só coisas más, através da mesma podemos chegar a todo o lado !

Através de ti, eu percebi que a mesma é um caminho perigoso mas em simultâneo compensador. Vezes sem conta dou por mim a pensar como seria a tua vida sem este meio e aí vejo e sinto vontade de aprender e de ir em frente!
Não queria alongar-me tanto, peço desculpa e como costumo dizer as desculpas não se pedem evitam-se.

Já tanto disse e mais muito mais tinha que queria dizer. 
Obrigada mais uma vez,

Um grande abraço

Maria

(são estes testemunhos que chegam de onde há muito pouco tempo nem imaginaria, que me dão forças para continuar amanhã, porque o depois, já fica tão longe…)

sábado, novembro 20

A Grande Música do Mundo

Juan Manuel Serrat - Cantares

Solidão (Eleonor de Vasconcellos)

Vem a noite, desce a lua e a escuridão.
Sinto-o, agora, aqui perto de mim,
É sombra, é segredo e perturba-me a razão.
Fala em silêncio, grita baixinho,
Este triste coração …

Aquele ser misterioso
Embala meu sono, agita os meus sonhos.
E a voz que canta em minha alma
Vaguei errante, ao sabor do vento,
Muda, calada,
Grita para dentro!

Quero alcançar-te, a ti, felicidade!
Mas tu voas para longe, não te deixas encontrar.
Procuro, luto e sonho …
A angústia vence a coragem,
O medo toma conta de mim,
Não me deixa fazer esta longa viagem
Até ti, até à felicidade!
Agora, é vaga …
Contigo, não tem fim…


04/06/2010

O Orçamento do Estado para 2011 e o estado social


Parte II
(continuação)
É evidente que há factores que, em qualquer circunstância, devem ser tidos em conta. O aumento da produtividade e a competitividade devem contar, à partida, com trabalhadores qualificados profissionalmente e com as habilitações académicas exigidas para o tipo de trabalho a executar. Os salários deverão ser considerados, também, como elemento motivador não permitindo a existência de elevados salários por outros atributos que não sejam a competência e a capacidade de cada um.                                               
                                                                                                   
De acordo com as Recomendações do Conselho Nacional de Educação recentemente publicadas no Relatório sobre o estado da educação em Portugal em 2010, “ Em tempos de crise, Educação e Ciência são garantia de futuro. Uma educação de qualidade para todos constitui uma alavanca para sair da crise actual, na medida em que promove a instrução e o enriquecimento cultural dos cidadãos, a sua capacidade de iniciativa, de criatividade e de compromisso com o bem comum. Por isso e apesar da crise, é fundamental que a Educação e a Formação sejam encaradas como garante do desenvolvimento das pessoas e dos países e, como tal, não devem deixar de ocupar o centro das políticas e constituir uma prioridade do investimento público. A necessidade de tornar mais eficiente o sistema educativo, de racionalizar meios e recursos não deve prejudicar o investimento continuado e consistente na Educação e Formação”.

Sobre a qualificação da população portuguesa diz-se no citado Relatório “ Em termos de qualificação, a população portuguesa tem vindo a evoluir no sentido de se aproximar dos níveis de qualificação dos países da UE27, não tendo ainda conseguido recuperar de um atraso persistente, apesar dos esforços efectuados, especialmente a partir de 1960, quando se inicia o alargamento da escolaridade obrigatória.

No que respeita à qualificação da população adulta (que não obteve certificação de nível básico ou secundário em idade escolar), entre 2001 e 2010, registou-se um aumento considerável do número de indivíduos com certificação a partir de 2006, na sequência da Iniciativa Novas Oportunidades, no âmbito da qual foram atribuídas 84% (313253) do total de certificações do período em referência”.

João Aurélio Raposo
(continua)