terça-feira, novembro 2

Déjà Vu


Eu brinco com o meu bisavô bruxo e nunca tive muito respeito por essas coisas do oculto, mas sei que nem tudo são conversas. Não sei como lhe chamar, mas sei que há algo mais que nos transcende, porque há imagens que conheço e nunca vi. Coisas que sinto e que se confirmam.

Vou dar um exemplo das, várias que me ocorrem, talvez a mais extraordinária.

Há dez, onze anos, eu tive um sonho. Já nessa altura eu não era muito de sonhar a dormir, mas esse sonho foi diferente de todos. Tive a nítida sensação que durou poucos segundos e eu ainda não estava em sono profundo. Sendo de tudo o mais intrigante, o sonho ser-me familiar. Recordei-o como se algo que já tivesse sonhado antes, algo que povoava as minhas memórias desde o início dos tempos.

Eu estava numa varanda, por detrás da janela e via um quarto inteiro onde eu estava deitado numa cama e uma pessoa de costas que saía pela porta do quarto. O eu da cama, tinha a mesma percepção de toda a cena. E ambos os “EU” viram o rosto conhecido da pessoa que cruzava o umbral da porta, lançar um olhar triste, como que de despedida, o derradeiro olhar.

Anos mais tarde, identifiquei o quarto nos mais ínfimos pormenores. Vivo nele há mais de dois anos. O edifício que o contém, á época do meu sonho, ainda nem tinha sido pensado.

6 comentários:

  1. Caro amigo,

    Não julgues que és o único, a mim tambem ja me aconteceu, e de facto dá que pensar.

    Abraço

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  2. Não acredito!!!
    Só me faltava esta.
    Bruxo não é, mas, para parvo, nunca lhe faltou nada.
    Desculpe que eu sou «MALUCO».

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  3. É triste, mas olhe de poeta e louco todos temos um pouco.
    É pena que a si "MALUCO" lhe falte de todo esse "POUCO"
    Bavino+ 4

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  4. Não te chateis co Maluco
    Ele é assim mesmo. Ninguem pode renegar a sua natureza. Acredita que há malucos muito mais parvos.

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