sábado, outubro 15

“Sombra Carnal”


Que me importa que sejas sombra?
O teu encanto bate-me no rosto,
É como a luz,
Portanto, vejo-te…

Bem te sinto existir
No calor de um olhar,
No toque de um beijo que se solta,
No vibrar de um cheiro divino que me invade…

Tu pressentes meu ser, podes vê-lo;
É uma presença carnal que te segue
Numa voz etérea.

Vejo-te, agora, numa doce e bela imagem
E nela liberto meu ser
Em desmaios de nuvem!
Sou, agora, um facho de lume a arder.

Leonor de Vasconcellos
  1 de Dezembro 2010

6 comentários:

  1. Sabes, Leonor?
    Eu frequento alguns grupos de poesia, a maior parte do que leio, são palavras bonitas alinhadas, sem alma.
    Tu escreves com emoção, em carne viva.
    Não podes sequer imaginar a leitura que faço deste texto, mas eu estou lá.
    É essa a essencia da poesia, alguem escrever onde os outros se reveem.

    Que pena eu não ter..., "tempo" para perceber melhor esta fonte de palavras.

    Obrigado

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  2. Leonor que lindo, só podia ser, faz-nos sentir que fazemos parte do que ali está escrito, adorei,esperemos por mais...

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  3. Todos temos um outro eu dentro de nós.... Há quem o consiga transmitir em palavras ....

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  4. Sim
    Mas é difícil encontrar o "tom" certo, como a Leonor.

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