quarta-feira, fevereiro 20

Uma vida sem futuro



Depois de uma grande deceção vivendo dias de sofrimento e solidão Júlio um jovem de 28 anos encontra em Ana uma linda moça de 22 anos que acabara de chegar a cidade para trabalhar numa fabrica de calçados. Foi um primeiro encontro e logo se descobrem apaixonados, era um lindo casal que a todos encantavam pela gentileza e amor pela vida...
Os dias passavam e aquele amor crescia cada vez mais...
E Júlio não cansava de dizer a Ana o quanto estava ligado a ela e declamava para que todos pudessem compartilhar:
- Ana, você despertou esse coração adormecido e nele brota uma ardente e sublime paixão que me envolve a tua existência...
Ana sorrindo dizia:
Sabe que o meu amor por ti, é tão profundo que vai até onde minha alma alcança...
Júlio levantava sua amada no ar e gritava:
- Amo-te com desejos, sorrisos, lagrimas e se Deus assim nos permitir amar-te-ei mais ainda depois da morte.
Ana não gostava quando ele se referia à morte e sorria abraçando-o.
E com todo esse afloramento desse amor resolvem se casar.
O dia amanhece iluminado a igreja toda enfeitada com tulipas brancas e vermelhas.
Júlio escolheu as cores dizendo que o branco significava a pureza o vermelho o fogo da paixão.
Ana estava radiante com seu vestido branco e quando caminhava pelo corredor florido da igreja mais parecia uma princesa egípcia com seus cabelos soltos adornados por uma tiara de ouro.
Era só sorriso de tanta felicidade enquanto era levada pelos braços do pai em direção ao seu grande amor que a esperava ansiosa ao lado do altar.
Antes que dissesse o sim os sonhos foram interrompidos por um estrondo ensurdecedor e Júlio cair ensanguentado aos seus pés.
Foi o pior e mais triste momento uma vida um amor interrompido os sonhos de dois jovens destruídos pela fatalidade da vida e pelo ato impensado de algum criminoso.
Ana ficou vários dias sem ver ninguém, recolhida na sua dor, dias depois descobre que esperava um filho entre lagrimas, ela relembrou uma frase que Júlio gostava de repetir:
- Amar-te-ei mais ainda depois da morte...
E ali em seu ventre estava aquele amor que ele sempre dizia.

(Irá Rodrigues)

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