sexta-feira, fevereiro 1

Breve tempo



Eu navego em águas frias e alterosas.
Numa gélida e profunda noite escura.
E num mui breve momento de loucura,
Sinto-me a caminhar por entre rosas.

Ouço as vozes dos anjos, melodiosas,
E viro minha cabeça numa vã procura,
Mas só há mesmo um som que perdura.
Estouro em espuma, ondas tenebrosas.

Vivo esta vida tendo a mesma sensação,
De um condenado com hora já marcada,
Sem direito a outro futuro, nem perdão.

Que da sua breve vida já não espera nada,
Do que subir numa triste e infinita solidão,
De quem tem só por destino a final escada.

(jag 13/01/27)

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