quinta-feira, fevereiro 7

NUNCA TE DEIXAREI – Maria Helena Ribeiro



Capitulo I

Marina acordou de repente com um raio de Sol a entrar pela janela:
- Diacho, murmurou, outra vez o telemóvel não tocou.
Levantou-se num ápice e tomou o seu duche a correr, vestiu-se, olhou para o quarto e passou os olhos, não havia nada que indicasse alguma presença masculina, à desarrumação encolheu os ombros e pensou:
- Não tenho tempo, logo faço a cama.
Passou pelo escritório, apressada pegou na pasta, no computador e na saída a carteira, e …elevador que se faz tarde. Ao chegar à porta da rua reparou que lhe faltava alguma coisa.
- Bom, hoje é dia não.
Voltou a casa e pegou numa folha dobrada onde estavam as folhas dos testes de Filosofia que iria fazer nesse dia a uma turma 10º ano.
Voltou a descer, desta vez a correr pelas escadas e porta fora sem olhar, apanha um encontrão de um indivíduo. Tudo cai no chão, os testes voam, voam por todos os lados.
- Estúpido!
A situação tornou-se caricata, apanhar os testes que voavam como folhas ao vento. O homem ajudava, mas a vergonha da situação estava estampada nos rostos dos dois.
- Desculpe, desculpe! Eu ia a pensar na vida, vida de professor. Desculpe!
- Não faz mal. Quero os meus testes, já estou atrasadíssima.
Conseguiram apanhar os testes quase todos, mas houve um instante, pequeno, enquanto apanhavam os testes, em que as suas mãos se tocaram e um arrepio passou no corpo de ambos. Estremeceram…
Ambos atrasados, mas ele ainda disse:
– Desculpe, diga-me o seu nome...
- Marina. - E a correr, meteu a chave na porta do carro e arrancou -.
Porque já era tarde ou porque ao olhar para aquele homem a impressionou de alguma maneira?

(continua…)

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