quinta-feira, dezembro 30

Reposição

A Minha Fotografia I

Quem sou eu? Ninguém! Como no teatro. (Quem és tu romeiro?) Sou teimoso, perfeccionista, convencido, só gosto de fazer as coisas quando as domino bem.
È uma área onde me sinto pouco á vontade, a auto-análize. Todas as pessoas gostavam de ser uma ou outra coisa, eu por maioria de razões gostava de ser todas as que não posso.
Gosto de criar pessoas, (heterónimos), talvez por isso o meu blog esteja assinado por Alexandre Mello-Alter.
O Crónicas do Planalto nasceu em 01/05/2004. Já teve várias versões, hoje mesmo o continuador “morreu” e qual fénix, voltou a renascer das cinzas com o link: http://crnicasdeseda.blogspot.com/
Durante estes anos usei-o para opinar, dar voz aos outros e muitas vezes intervir criticamente, o que tem irritado “as vacas sagradas” de Seda. Quem o lê sabe que veículo sempre o que considero ser verdade.
Diverte-me defender ideias ou conceitos em que não acredito. É uma boa maneira de exercitar ao cérebro.
Mudar? Obviamente que sim. Talvez até a maneira de pensar. Não ser tão radical. Não esperar tando dos outros. Perceber que a generosidade não deve ser uma constante, mas só se usar quando convém, como muitos fazem.
Personalidades preferidas, é complicado. Admiro muitas pessoas em várias áreas, mas as que mais me marcam são as que interpretam sentimentos, os fingidores, os poetas. Adoro Fernando Pessoa, lá está o camaleão, Camões, Cesário Verde e uma imensidão de escritores em prosa. Passo-me com os contemporâneos da literatura latino-americana.
Talvez personagem. Seria então; José Aureliano Buendía, de Cem Anos de Solidão, que fez dezassete guerras para impedir que todas as casas fossem pintadas de azul.
Como me vejo daqui a cinco anos… Não me apetece, por medo, pensar nisso. Prefiro pensar no momento. Para mim, amanhã já é muito longe. O futuro para mim é tabú, prefiro não pensar, esperar que aconteça.
Não sou muito de me arrepender. Não por considerar ter sempre razão ou fazer sempre bem. Não equaciono muito o “se”, porque na vida não se pode voltar atrás, fazer de novo. É tudo á primeira. Como escreve António Machado; “caminante no hay caminos, se hace camino al andar”. Se nos arrependemos e podemos remediar o erro é porque nem chegou a ser erro.
Nunca me senti importante. Mas talvez essa sensação se aproxime do fazer algo pelos outros. Será só o que vale a pena render-se ao pecado do orgulho.
A minha máscara? De palhaço pobre. Pelo sentido de humor. Gosto de me rir de mim e dos outros. Também gosto de Dom Quixote, porque é mais fácil lutar contra moinhos de vento do que conta gigantes reais. O truque é ter consciência do facto.
Não gosto das pessoas que se levam muito a sério. A pouca inteligência aborrece-me. Os contentinhos, os vaidosos, os pobres de espírito, divertem-me.

4 comentários:

  1. Cuidado, amigo.Não vires siroco.
    Caso não saibas o significado, pergunta ao teu irmão.
    Abraço

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  2. Uma boa auto-análise.Sim senhor.Aqueles que convivem mal com as críticas não devem gostar desta franqueza.

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  3. Eu sou sempre franco. Já não me escondo.

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  4. Olá grande amigo,
    Gostei muito da auto-análise.Os que não gostam das criticas, coloquem na bordinha do prato, porque pode ser que no fim da refeição ainde lhe façam falta para enfiar em algum buraquinho que esteja mais vazio.
    Não te escondas sê sempre TU quem tiver que se enconder que o faça!
    E não te esqueças que os cães ladram e a caravana passa.
    Desejo para ti e teu pai um ano de 2011 cheio de coisas muito boas.

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