Poema Transatlântico

Surgido de um desafio entre Joaquim António Godinho e Anna Maria, separados fisicamente por meio mundo, saíram estes pequenos poemas escritos a quatro mãos. Os últimos quatro versos e os arranjos finais, decidimos fazer em solitário. Aqui ficam os resultados.

         (por: J A)

Tanto é o mar que nos une
Tanto é o céu que nos vê
A quem a lonjura assume
A dor que ninguém quer ter

Mas se sente ou se presume

Por paixão ou por ciúme

Eu galgo milhas de mar
P’ra sentir o teu perfume

Em muitas noites de encantar
Confiei o meu veleiro

Ao doce enleio do mar
Fiz deste mar um ribeiro

Só mesmo p’ra te encontrar
Já lá vai quase ano inteiro

Enfrento perigos sem par

De arrepiar, causar espanto

P’ra sobre o mar ajuntar

Quem por isso dava tanto

08/09/2011

Joaquim Godinho & Anna Maria

         (por: A M)

Tanto é o mar que nos une
Tanto é o céu que nos vê
A quem a lonjura assume
A dor que ninguém quer ter
Mas se sente ou se presume
Por paixão ou por ciúme
Eu galgo milhas de mar
Para sentir o teu perfume

Em longas noites ao luar
Ao doce balanço do mar
Confiei o meu veleiro
Fiz deste mar um ribeiro
Só mesmo p'ra te encontrar
Já lá vai um ano inteiro
Longas noites sem parar
Espero por um janeiro
Que nem sei se vai chegar
Mas quando sentir o teu cheiro
Quando tua boca beijar

Para cair em teus braços

Ser dona dos teus abraços

Valeu a pena esperar.

08/09/11
Anna Maria e Joaquim Godinho