quarta-feira, setembro 28

Auto-Retrato

Homem maduro, na casa dos cinquenta
Divertido, folgazão, namoradeiro
Para rir de mim mesmo, sempre o primeiro
Bastas vezes, sou de trazer pêlo na venta

De má figura, nunca fui bonito mesmo
Sou dedicado, sonhador, sou de ilusões
E procuro despertar sempre emoções
Quando fico mais bravo, escrevo a esmo

Trago comigo algumas poucas amizades
Dentro do peito um grande amor ausente
Vivo o presente, sem futuro, nem saudades

Gosto do eu, o que aqui está, o do presente
Do que se mostra, sem pudor e sem vaidades
E é capaz de ser, escrever, dizer que é gente
 

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