segunda-feira, maio 26

In ARRUMADOR DE PALAVRAS «O Livro»



Não acho este poema triste, pese embora o tema o pareça. Antes pelo contrário, tem ritmo e um final divertido de tragi-comédia.

Rumo ao Fim

Sou filho da pouca sorte
Nasci num dia de azar
Tenho entrevista com a morte
Por mais caminhos que corte
Lá nos vamos encontrar

Eu chego de peito aberto
Ela de foice empunhada
E quanto mais chega perto
Mais sinto que tenho certo
O fim desta caminhada

Não tenham pena de mim
Já estava tudo acertado
Quando ela chega, por fim
Volteia a lâmina e assim
Cai meu corpo decepado

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