segunda-feira, maio 19

FUJAM DO JOÃO SEMANA



O meu pai tem 88 anos, já o ano passado tinha 9,9 de hemoglobina e o médico não fez nada, sexta -feira teve que ir para o hospital e levar sangue.
Há 15 anos foi chamado a minha casa, porque eu estava em crise respiratória, olhou para mim e disse: “Tenho muita pena, mas não há nada a fazer”. O meu pai, chamou uma ambulância e levou-me às urgências. Para quem “não havia nada a fazer”, continuo por cá e muito bem.
A minha mãe, aos 58 anos andou durante tempos de volta dele com dor num braço e ele só no fim percebeu que ela tinha um osteossarcoma. Quando chegou a Portalegre, perguntaram-lhe se não havia médico na terra dela.
E não há! Há muitos anos que Seda é servida por um “sapateiro remendão” a fazer de médico. Este tipo é uma praga que caiu em Seda, contra a qual as pessoas não conseguem reagir, pelo medo atávico do Sr. Doutor.
Há tempos, pedi para ter outro Médico (médico mesmo) de Família e consegui. Posso até morrer amanhã, mas não é este gajo que me vai matar.

3 comentários:

  1. A verdade nua e crua.... forte e feio.... é assim mesmo. Parabéns pela frontalidade.

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  2. Sempre fui frontal, quem não goste que se foda.

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  3. Os médicos já não são profissionais intocáveis. Quem tem queixas de queixar-se e reclamar os direitos que tem enquanto utente do Serviço Nacional de Saúde. Além de democrática a crítica é salutar e assim deverá ser entendida por todos independentemente da situação profissional e social que cada um ocupa na sociedade.

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