sábado, maio 17

INEVITÁVEL?



Vem,
Espero-te melíflua e traiçoeira,
Como foste sempre.
Já me tiveste, um longo tempo,
Submisso, conformado e paciente.

Mas esse tempo, como sabes,
Durou muito, mas já passou
E não vai voltar mais.

Não me vais tapar horizontes,
Muito menos roubar-me a luz.
Hoje já não sou quem era,
Passei a ser um homem arrogante,
Com a adversidade.

Serás inevitável, como a morte,
Persistente e incansável.
Mas não vou baixar a cabeça,
Não te temo, Solidão.

- j a g – 16/05/14


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