quinta-feira, maio 22

ASSIM, ETERNAMENTE



E haver vida em nós, por todo o sempre.
E haver outros dias
E outros sóis, sem nuvens
E todos serem nossos, sem limites.
E percorrer os limites do teu corpo, conhecer os teus sinais
E desejos
E tremores
E ais.
E mergulhar em ti,
Como o náufrago feliz,
Que se afunda,
Não pra morrer, mas pra viver.
E quereres ser minha, por opção
E eu ser teu, naturalmente.
E não haver céu, nem terra,
Mas o limbo e nós.
E vida e nós.
E por pouco que fosse, ser tudo.

- j a g – 21/05/14

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