terça-feira, dezembro 13

Quarto Crescente

No princípio, era só a linda música do Chico.
Uma estreita faixa de lua difusa na tarde,
Com nome que de tanto ler, me pareceu familiar,
E a minha constante vontade de me pôr á prova.

Estiquei meus longos braços e toquei-lhe o rosto a medo.
Respondeu como quem não achou liberdade a mais
E eu ganhei coragem de desfiar o meu rosário de palavras,
Sempre com respostas aprazíveis, como me sabe bem.

A pequena faixa de luz, foi crescendo,
Ao sabor de conversas cada vez mais longas.
E cada vez que se levantava no meu Céu,
Ficava mais brilhante e mais próxima.

Por vezes, de caprichosa, não quer nascer, amua.
Esconde o rosto de luz com ambas as mãos,
Corre a refugiar-se no cone de sombra da terra
E o meu mundo fica um pouco mais escuro.

Quanto por fim volta, tenho sempre medo que já seja Lua Cheia

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