segunda-feira, agosto 16

Novas Oportunidades

Globalização II

(continuação)

No final dos anos 70, os economistas começaram a difundir o conceito de globalização, usada para definir um cenário em que as relações de comércio entre os países fossem mais frequentes e facilitadas. Depois, o termo passou a ser usado fora das discussões económicas. Assim, as barreiras comerciais entre os países, começaram a cair, com a diminuição de impostos sobre importações, o fortalecimento de grupos internacionais, e o incentivo do governo de cada país à instalação de empresas estrangeiras nos seus territórios. Tudo culminou com o Acordo de Shenghen.

As facilidades de deslocação acentuaram a ideia de que fica tudo muito perto, potenciado depois pela Internet e pela rapidez e facilidade de difundir informação.

A abertura da economia e a Globalização são processos irreversíveis, que nos atingem no dia-a-dia das formas mais variadas e temos de aprender a conviver com isso, porque existem mudanças positivas para o nosso quotidiano e mudanças que estão tornando a vida de muita gente mais difícil. Um dos efeitos negativos do intercâmbio maior entre os diversos países do mundo, é o desemprego resultante da deslocalização de empresas e afogamento dos mercados por produtos oriundos de países com trabalho quase escravo, a preços muito baixos.

Temos assim um dilema. Produtos do mundo inteiro a baixo preço, mas vamos tendo cada vez menos pessoas com emprego e condições económicas para os adquirir.

Devemos continuar assim, vendo tudo pelo vector capitalista, ou o livre comércio deve restringir-se a mercados onde os factores de produção são respeitados.

Os nossos mercados devem estar abertos a produtos com mão-de-obra escrava, onde os direitos humanos não existem?

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