
Quanto mais não seja, terá um importante papel a desempenhar na resolução da nossa baixa natalidade.
Com a profissão de electricista, certamente ajudará muitas portuguesas a "dar á luz".
Força Chico.
“Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer porque eu sou do tamanho do que vejo, e não do tamanho da minha altura. (Alberto Caeiro)
Este é um abraço sonoro, que rompe o tempo, a distância, feito de notas e afectos. A vida tem compassos variados, tons, sentimentos, alguns perdem-se na voragem do tempo, outros permanecem na pauta da amizade mantendo a harmonia. Falar sobre tempo e amizade é deixar que um abraço vos toque nesta imensa paisagem de tonalidades e afectos que cimenta a vida. A música é a forma de comunicação mais universal que conhecemos tal como o olhar de um amigo que dispensa palavras. Evocamos assim todos os que estão, estiveram ou estarão envoltos neste círculo de afectos e que de uma simples ideia fazem uma identidade individual e colectiva que se perpetua, difunde e nos toca a todos.
Sérgio Godinho (Alter do Chão)
20:00 Horas
Hoje não houve fritos ao jantar.
Uma sopa com hortaliça e arroz, (por sinal muito boa) e como 2º prato bife de peru grelhado com salada de alface. Terminei com quatro (4) figos que me deram.
Comi a salada toda e ¼ do bife, (o meu estômago não aguenta mais) e ainda umas colheres de sopa. Se adormecer cedo, menos mal, se não vou sentir fome de noite.
Não estranho, tem-me acontecido muitas vezes nos últimos tempos.
A Vingança do Rei
Era uma vez, nos confins das terras transtaganas, um pequeno reino governado por um Monarca há muitos, muitos anos.
Nesse pequeno reino longínquo, sempre que sua alteza fazia anos, havia foquetes, música na rua e um grande banquete nos jardins do palácio, para todos os súbditos. Era uma festa bonita, perfeita, para quase todos. O Rei, num gesto próprio da sua nobre condição, no fim da festa mandava distribuir os restos pelos anciãos que não podiam deslocar-se ao palácio.
O Bobo não achava que fosse um gesto tão magnânimo. E um dia, sem temer perder a cabeça, permitiu-se interpelar o seu senhor, nestes termos:
- Senhor! Não acho ser digno da sua pessoa o gesto de presentear os anciãos com os restos, ainda que bem cuidados, do banquete do palácio. Depois duma vida inteira de trabalho, é justo que no fim da vida tenham direito aos alimentos quentes e servidos na hora.
O Rei ouviu, ficou algum tempo em silêncio e respondeu:
- Não tenhais cuidado Bobo, que tal não voltará a acontecer.
Como em tempos tinha sido conselheiro real, numa época em que o Rei nem sabia sentar-se no trono, o Bobo, pelo conhecimento que tinha do Monarca, pensou que ele ia ter a sua reacção típica; começar por dizer não, de seguida achar a ideia aceitável e por fim, divulgá-la como sendo sua e receber os louros.
Passou tempo, durante o qual Rei e Bobo nunca mais se encontraram, nem o último mais recordou a régia resposta.
E fez-se tempo de nova festa.
Nesse ano, o primeiro de sempre, os anciãos tinham sido esquecidos, não foram contemplados no banquete. O Rei tinha-se tornado vingativo. Não hesitou, para vingar-se no Bobo atrevido, prejudicar os inocentes anciãos.
Moral da História
Muito tempo no trono torna os reis intolerantes com os críticos, fá-los empanturrar-se de vaidade e imaginarem-se donos do reino.
“O medo mora comigo, o medo mora comigo, mas só o medo, mas só o medo. E cedo porque me embala, e cedo porque me embala, num vai e vem de solidão, é com silêncio que fala, é com silêncio que fala.”
Não sei de quem é este excerto de texto, mas parece muito Pedro Homem de Mello. Eu fico sempre estarrecido com a capacidade que têm os poetas de dizerem quase tudo em quase nada.
O medo é um sentimento terrível. Foi explorado desde sempre pelas religiões ou outros ideais totalitários. Nós temos o exemplo do medo de não ganhar o céu da religião católica.
Mas tanto em religião como na vida a sério, o medo sempre é filho da ignorância.
Pensem nisso.