quarta-feira, janeiro 9

33 - Para ti, Mára «Luar dos Dias»



Um poema de amor e raiva, Março/2011.

Para ti, Mára          

Ontem,
Escrevi muito ao vento, termos duros de revolta.
E percebi que a dureza escrita persiste muito mais.
Não se desvanece como por magia, ao calar-nos

Hoje,
Desabituei-me de escrever ideias sem sentido     
Todas as palavras são medidas, bem pesadas.
Se faltar uma, muito do que pretendia dizer, perde-se.

Amanhã,
Se houver um amanhã para mim,
Não sei se escreva ou me cale de vez,
Preso dentro de mim…

Por isso faço questão de te dizer tudo,
Enquanto o tempo não me sufocar.

- j a godinho -

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