domingo, março 18

Seda


Património: Igreja Paroquial, capela de S. João, S. Bento e de S. Brás, a ponte Romana, Fonte do Ribeirinho, vestígios do Mosteiro de S. Veríssimo.

História: Não há conhecimento da história do castelo de Seda anterior a 1160, ano em que D. Afonso Henriques terá conquistado a povoação aos mouros. Pela sua localização, supõem-se que tenha sido um castro lusitano e que o castelo tenha sido construído no local de uma fortaleza romana, embora não se tenham encontrado quaisquer vestígios da presença deste povo. Após a conquista da povoação por D. Afonso Henriques, terá sido doado à Ordem dos Templários, revertendo em 1271 para a Ordem de Avis. A 30 de Outubro de 1427 D. João I concedeu-lhe carta de foral, elevando-a a vila. D. Manuel deu-lhe novo foral a 1 de outubro de 1510. Em 1527 era sede de concelho, de jurisdição da Ordem de Avis, possuindo 184 moradores, tendo sido extinguido como concelho em 1836 com a reforma administrativa. Com uma arquitectura militar medieval, consiste numa cerca urbana com troços de muralha a unir 3 cubelos, e vestígios de um quarto. Construção perpendicular ao solo sem jorramento, com alvenaria em pedra (xisto) à fiada com argamassa de cal. O monumento é impropriamente designado de Castelo, uma vez que consiste apenas numa parte da cerca urbana, sendo por isso Seda uma povoação fortificada, não constando como castelo.

Impacto Turístico: O castelo de Seda, ou melhor, o que resta das fortificações de Seda, encontram-se em mau estado de conservação, pois de castelo só tem restos de muralhas. Consiste numa cerca urbana com 3 cubelos e vestígios de um quarto situando-se, concretamente, entre hortas e quintais das habitações da rua do Castelo, do lado Este, e uma encosta abrupta que já é propriedade agrícola. Devido ao seu mau estado de conservação, as muralhas não têm grande impacto turístico, já que apenas se observam restos e partes incompletas de muralhas. Não tem existido grande preocupação em preservar este imóvel de grande importância, testemunho da nossa história, encontrando-se praticamente devoluto.

Bibliografia:
Barbosa, Inácio de Vilhena , As Cidades e as Vilas da Monarquia Portuguesa com Brasões de Armas, vol.3, Lisboa;
Dicionário Enciclopédico da História de Portugal, Publicações Alfa, volume I e II
Folhetos informativos da DG dos Edifícios e MN( Inventário do Património Arquitectónico );
Gil, Júlio, Os Mais Belos Castelos de Portugal, Editorial Verbo, 1986.
Keil, Luís, Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Portalegre, Lisboa, 194;
Sotto Mayor, Diogo Pereira, Tratado da Cidade de Portalegre, Portalegre, 1984;
 Silva, Aurélio Nunes, Portalegre na História Militar de Portugal, 1950;
-"CASTELOS DE PORTUGAL" - CD interactivo, Correio da Manhã, 1999
- "A GLORIOSA HISTÓRIA DOS MAIS BELOS CASTELOS DE PORTUGAL", Portucalense Editora, 1969

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