terça-feira, maio 17

Observatório da Natureza

O sacarrabos é um carnívero de médio porte, castanho-acinzentado que juntamente com a gineta, representam a família Viverridae no nosso país.
Também conhecido como mangusto, tem um corpo alongado e de aspecto fusiforme, o focinho é pontiagudo, as patas são curtas e a cauda vai-se afunilando até à sua extremidade onde se encontra um pincel de pelos mais escuros.
O sacarrabos tem reflexos bastante rápidos, o que lhe permite capturar cobras, inclusive as espécies venenosas. No entanto as suas principais presas são os pequenos mamíferos, nomeadamente ratos, e sempre que disponíveis coelhos e lebres.
Por ter hábitos diurnos os répteis também são parte da sua alimentação, que inclui ainda ovos, insectos ou mesmo crustáceos e peixes. Também aproveitam animais  mortos.
A regressão dos sacarrabos está associada, em grande parte à destruição do seu habitat. Também a caça ilegal de que é alvo contribui para a redução do número destes animais. O sacarrabos é uma espécie cinegética em Portugal, mas com regras restritas, pois ocupa um lugar no ecossistema, e contribui para o equilíbrio ecológico.
Em Seda podem ver-se no campo ou a atravessar a estrada e os seus caçadores serão os principais interessados em privilegiar a biodiversidade. Um campo só com presas de caça seria para muitos o paraíso, mas é também uma ideia inconcebível em termos ecológicos. A curto prazo os nossos melhores restaurantes de caça passariam a servir à mesa, presas mais débeis e minadas de epidemias.
 É assim. Todos fazemos parte deste mundo.

(o observador) 

Esta conversa é toda muito bonita, defender a natureza, as espécies protegidas, blablabla. Mas venham para o campo e percebem o que realmente se passa. Os ferros e outras armadilhas vêm-se por todo o lado. Perguntem aos “formigas” quantos animais de espécies protegidas já eliminaram, só porque são prejudiciais á caça. E os nossos caçadores? Não passam de assassinos legalizados, matam tudo o que mexe.

(Jaquim Carrapato, pastor)

1 comentário:

  1. Sr. Carrapato, quero acreditar que os tempos vão mudar. Percebo que o modelo de caçador brutamontes e ignorante ainda esteja muito entranhado na nossa memória, mas também sei que o homem alentejano tem um imenso amor pela terra e pela natureza. Acredito na capacidade da nova geração de saber pensar pela própria cabeça. As zonas cinegéticas de seda são uma riqueza que todos terão interesse em preservar. Ser um caçador consciente e empreendedor é fundamental para o nosso futuro. Por isso, um pouco mais de optimismo. O passado já foi e muitos aprenderam. Um beijinho

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