terça-feira, dezembro 25

Crónicas do Planalto III

Burlas & Burlões


Já não há burlões como antigamente. É muito raro hoje ouvir-se falar de alguém que conseguiu vender a Ponte Sobre o Tejo, a Praça dos Restauradores, ou mesmo o Leão do Marquês. Os portugueses já não sonham alto, tornaram-se pequenos vigaristas que não conseguem pensar mais alto que chegar ás reformas dos velhotes. Os burlões mais mediáticos de hoje, são Vale e Azevedo e Miguel Relvas, cuja credibilidade, ou falta dela, não vale um trak. Um enganou uma troupe de benfiquistas estúpidos, como o António Sala, ou uns burgueses gananciosos, outro, uma alcateia de catedráticos caquéticos e desdentados.
O que é no ranking da burla, a venda do Ovchinicov, ou conseguir um curso superior por dançar num rancho? Não passam de vigaristas da treta, dignos de um sorriso de comiseração.
Tenho para mim que o maior vigarista nacional dos últimos anos, foi mesmo o Menino Guerreiro. Foi inovador, o que os de agora nem fazem ideia do que seja. Ele “falava” por sinais de fumo, chegou a primeiro-ministro, pasme-se, mesmo com facas espetadas nas costas e conseguiu uma burla digna de um dos maiores vigaristas, por várias vezes tentada sem êxito, vendeu a Feira Popular.
Destes burlões de hoje, vai ficar a nota de terem tentado vender a TAP no último dia do mundo.
Seria um golpe a ficar nos anais do novo mundo, se tudo tivesse corrido de feição.
Mas falharam rotundamente, nem o mundo acabou, nem concretizaram a burla.
Falhados!

(jag 12/12/22)

Sem comentários:

Enviar um comentário