segunda-feira, dezembro 24

Crónicas do Planalto II



Fim do mundo

Ontem tive uma crise de crendice aguda. Contra todo o meu historial de ceticismo, fiquei tão temeroso do fim do mundo, que, visto eu não ser crente, me encomendei a todos os santinhos de devoção alheia.
Em verdade vos digo; dormi que nem um anjo. Nunca poderei provar se pelo conforto de sentir uma legião de querubins alados a velar o meu sono, se pela minha tão propalada leveza de consciência. A verdade é que, deva-se ao que se dever, dormi o sono dos justos, sem medo do hoje.
Acordei tarde hoje, ou penso que acordei. Belisquei-me para tentar provar a mim mesmo que não acabou nada de mundo nenhum, pelo menos para todos. Para mim, que pouca experiência tenho de “fins de mundos”, tudo me parece dentro dos conformes. Os antepassados da nossa querida taróloga Maia, erraram as contas, felizmente não são tão confiáveis como a sua descendente.
Como acredito no “ver para crer” como São Tomé, tentei documentar a minha tese até á exaustão.
Liguei a Sic Notícias e eles lá estão. O Coelho com a mesma cara de pastor alemão, o mesmo focinho de pouca vergonhita do “Doutor” Relvas e a tão agradável voz esganiçada da Eloisa Apolónia. É verdade que os dois primeiros não têm crédito para comprovar coisa nenhuma, mas tenho a certeza que se o mundo tivesse acabado mesmo, a deputada ecologista seria a primeira a vir gritar aos quatro ventos o facto e os culpados.
Vão por mim, os Maias estavam errados.

(jag 12/12/21)

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