sábado, dezembro 22

28 – Sonho acordado «Luar dos Dias»



É isso mesmo, um sonho acordado de Maio/2011.

Sonho acordado

Esta noite dormi menos do que é costume, acordei pelas três horas. Eu durmo muito bem e quase nunca sonho, acho que foi algo que a vida me tirou; a capacidade de sonhar. Como compensação, sonho acordado e os meus sonhos são intensos como eu e quase reais.
Normalmente sonho com a Laurinda, mas ontem não dava, a minha cabeça está cheia de ti. Só via o rosto de uma gatinha linda, só consigo sonhar com ela, agora.
Eu estava deitado de costas, durmo sempre de costas, e tu sentaste-te ao meu lado direito, na borda da cama.
E tu falavas com os braços, os olhos, a boca. Era o festival de harmonia que me encanta. Falavas de dança, dos teus projetos, de pássaros, da tua horta, e eu deslumbrado fechei os olhos para te ouvir melhor, mas continuava a ver-te, a sentir-te ali. Primeiro alto, depois já era só um sussurro, mas estavam lá os teus olhos o sorriso que me encanta.
Calaste-te, e eu senti o lençol a levantar e tu a deslizares para dentro da minha cama. Estavas nua, eras rija e quente, cheiravas a mulher, e colaste-te a mim. Cabeça no meu peito, o teu cabelo na minha boca e ficamos assim. Eu acariciava-te as costas, tu brincavas com o meu mamilo e falavas, e a tua respiração no meu peito era sublime.
Aconteceu qualquer coisa. Tu estremeceste, ficaste muito calada e o meu corpo acendeu-se.
Então tudo mudou, tu já não eras a menina aninhada em mim, eras uma mulher que me tocava, me enlouquecia. Ficaste na minha frente imponente, de olhos brilhantes, e eu estava num carrossel ondulante e sentia o teu corpo quente e húmido a envolver o meu.
E eu fui feliz, por um segundo ou uma hora. Não sei, porque o tempo parou até os nossos corpos explodirem e tu caíres a tremer sobre mim. O teu rosto ficou colado ao meu, o teu cabelo nos meus olhos e boca, e eu morri nesse momento.
Acordei de manhã, cansado e ainda a sentir o teu corpo sobre mim. E tu voavas sobre a minha cama.

Desculpa sentir-te com tanta intensidade, mas é assim que eu te amo.

- j a godinho -

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