sábado, dezembro 22

Crónicas do Planalto I



Escrever a eito

Quando não tenho que escrever, saio de mim e procuro-me. Mas hoje felizmente tenho. Deve estar a fazer nove anos por esta altura, que comecei a escrevinhar.
Textos reativos a que eu dava o nome de “crónicas do planalto” e que depois vieram a batizar o meu primeiro blogue.
Eram pequenos textos parecidos com um diário, que enviava por e-mail para os amigos. Deles comecei a ter as minhas primeiras críticas positivas e deles veio a ideia de fazer um blogue. Veio a surgir em Maio/2008 e de lá para cá continuou ininterruptamente. Hoje chama-se Crónicas de Seda, e já esteve quase a ser Crónicas do Exilio. Sim, eu já estive a ponto de me exilar em tempos de democracia, mas essas são outras histórias, que não cabem nesta.
Hoje apeteceu-me escrever um soneto desencantado. A meio, mostrei-o a uma amiga e ela chamou-lhe “Natalite”. Estou na fase de desencanto, mesmo. É sempre assim, quando depois de um livro começa a chegar a vontade de escrever, a princípio seco e desencantado, depois o balão vai enchendo, ganho o gosto, até atingir a fase de euforia em que consigo escrever sem quebras de tempo.
Á custa de tanto me escrever, já vou sabendo o que a casa gasta.

(jag 12/12/20)

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