Chegámos aos meses que eu gosto, Julho, Agosto e Setembro, tardes longas e bem quentes, canto das cigarras e noites de grilos.
O ano passado este periodo passou-me um pouco ao lado, não havia disponibilidade mental para o sorver, sentir-lhe a calmaria.
Este ano vai ser diferente, vou aproveitar as tardes calmas para vir aqui escrever ao sabor do que me der na telha, sem motivo, nem nada para dizer.
Porque é assim que eu gosto, desenhar palavras sem pensar muito, ir onde me leva o acaso de quem não pretende indicar caminhos.
Hoje voltei a escrever no meu velho Pancrácio. Sei que ele está a ficar desactualizado mas continua insubstituível, não vai se fácil habituar-me a outro.
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