sexta-feira, julho 15

História do vinho no Alentejo

Os romanos foram os primeiros povos a introduzir na Península Ibérica a cultura da vinha e o fabrico do vinho de forma organizada, com finalidades comerciais.
A partir do Século XV existem provas documentais relativas a exportação de vinhos do Alentejo para a Índia, África, Brasil e Flandres.
A cultura da vinha era extremamente importante na zona de Évora, com mais de 3000 hectares de vinha, onde se produzia o famoso vinho de Peramanca, Beja, Cuba, Alvito e Viana do Alentejo.
No século XIX com o aparecimento do oídio, míldio e filoxera os viticultores viram-se obrigados a realizar associações entre videiras e oliveiras para sobreviverem.
No século XX, a criação de Adegas Cooperativas a partir de 1958, veio dar nova vida a cultura da vinha e do vinho.
Depois da criação em 1958 da Adega Cooperativa de Borba, seguiu-se a do Redondo em 1960, a de Portalegre em 1962, Vidigueira em 1965 e a de Reguengos de Monsaraz em 1972.
A partir dos anos 70, foi desenvolvido um trabalho de investigação e organização da vinha e fabricação do vinho, que criou as condições para que em 1988 fosse oficialmente criada a Região Demarcada de Vinhos do Alentejo.
Posteriormente foram demarcadas 8 regiões vitivinícolas autorizadas a produzir vinhos (VQPRD) (vinhos de qualidade produzidos em região demarcada, que vieram responsabilizar ainda mais a Região Alentejo pela manutenção da excelente qualidade de muitos dos seus vinhos.
    Principais castas de uva dos vinhos do Alentejo:

TRINCADEIRA
E uma das mais antigas e tradicionais do Alentejo. Apresenta cachos grandes, cónicos e com bagos arredondados pequenos de cor preto-azulado

ARAGONEZ.
Casta tradicional dos encepamentos alentejanos. E conhecida em Espanha por Tempranillo e noutras regiões portuguesas como Tinta Roriz.

CASTELAO
Tem uma presença importante em quase todo o Alentejo. E também conhecida por Periquita

TOURIGA NACIONAL
Presente em todo o Pais. E a casta mais importante na produção do vinho do Porto.

ALICANTE BOUSCHET
Casta de origem francesa que encontrou no Alentejo o solo ideal para evidenciar a sua qualidade. Da origem a vinhos tintos escuros, de cor persistente ao longo dos anos, boa concentração de taninos bom equilíbrio e grande capacidade de envelhecimento.

(João Aurélio Raposo)

1 comentário:

  1. Quem sabe, sabe! parabéns pela discrição, qualquer vinho que daqui saia, será de certeza Bom. O do Vale de Barqueiros entra decerto neste rol!...

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