quarta-feira, outubro 27

SONHO (Eleonor de Vasconcellos)

Vejo em meu redor uma mística paisagem,

Ocultos voos soturnos numa imagem.

A mesma solidão, triste e humanizada.

Rasga-se na sombra um leve murmúrio,

Pequena luz,

Águas duma fonte.

Raios de sol tornam-se estrelas doloridas,

Aquecem corações!

Olho as nuvens, procuro…

Sonhos que pairam no ar,

Ocultas aspirações desconhecidas

Nascem nas cinzas do horizonte.

Hoje, as nuvens embalam-me nos braços,

O sonho paira agora sobre o mundo!


Eleonor de Vasconcellos (07/09/2010)

2 comentários:

  1. E V
    Gosto, gosto muito. Mas eu sou suspeito, gosto de poesia e gosto da ideia de sonho. Já editei esse mesmo título.
    Sonhar é um refúgio. Acordado de preferência. Eu raramente sonho a dormir. Há muitos anos já que isso me acontece. Incapacidades? Talvez.
    Eu imagino o alvoroço quem alguém como você, a quem quase todos os sonhos são possíveis, tem ao imaginar, ao sonhar. É muito importante, não é?
    Agora imagine o quão importante será para alguém a quem só resta o sonho.

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  2. É bem verdade Joaquim... como disse António Gedeão na sua Pedra Filosofal, "o sonha comanda a vida" e "sempre que um homem sonha o mundo pula e avança"... O mundo e nós! Nunca deixe de sonhar, mesmo que muitos desses sonhos pareçam inatingíveis! Nós somos o próprio sonho e o sonho somos nós, sempre que acreditamos nele! Às vezes dói sonhar mas é uma dor que alivia ao mesmo tempo, não acha?

    Boa noite

    E.V

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