domingo, outubro 31
R I P
Nada mais me obriga
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.
3. As infracções cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respectivamente da competência dos tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei.
4. A todas as pessoas, singulares ou colectivas, é assegurado, em condições de igualdade e eficácia, o direito de resposta e de rectificação, bem como o direito a indemnização pelos danos sofridos.
Diário Lampião
Golos: Aimar, Kardec (gp)
A cada jogo o Roberto enche mais a baliza e o campo.
sábado, outubro 30
Conselho
Aprender sempre, todos os dias do ano, os anos todos da vida.
Porque não tenta conhecer melhor os índios portugueses, Os Alentejanos.
Eles também vêm do princípio dos tempos, sabem coisas que muitos já esqueceram.
Por vezes sabem sem saber como, faz parte deles esse saber.
Dia a dia
Está um dia horrível, mas eu hoje desculpo até o tempo.
Consegui desatar um dos nós da minha vida e senti-me importante como nunca.
Obrigado, Mara
sexta-feira, outubro 29
Mãe
No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe.
Tudo porque já não sou
o menino adormecido
no fundo dos teus olhos.
Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me? -
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;
ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...
Mas - tu sabes - a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.
Boa noite. Eu vou com as aves.
quinta-feira, outubro 28
Imagens do passado

Estou cansado de que me digam que sabem tudo o que se diz no meu quarto, que quem me visita tenha que falar baixo e mesmo assim, o que trato seja público.
Gostava de ir embora já amanhã, porque aqui, o lugar que ajudei a construir e manter, já não é o meu lugar, a minha terra.
Começou a deixar de ser no dia que para aqui entrei, contra algumas vontades.
Seda continuará a ter um blog. Vai continuar a ser Crónicas, mas de outro lugar que já me baila na cabeça. O novo talvez "Crónicas do Exílio", vai nascer destas cinzas, como a fénix.
Os meus ouvidos e olhos, vão ficar por cá, para ouvir, ver e contar, em liberdade.
Quando o mail chega...
Imaginem uma bela música, um espantoso poema do grande Ary, 1970, Canção de Madrugar. Aqui interpretada pela Susana Félix. E surge um dos mais belos trechos da música do mundo. É ouvir.
De linho te vesti
De nardos te enfeitei
Amor que nunca vi
Mas sei.
Sei dos teus olhos acesos na noite
Sinais de bem despertar
Sei dos teus braços abertos a todos
Que morrem devagar
Sei meu amor inventado que um dia
Teu corpo há-de acender
Uma fogueira de sol e de fúria
Que nos verá nascer
E nunca! Nunca te encontrei.
Na estrada do que fiz
Amor que não logrei
Mas quis, quis, quis
…
quarta-feira, outubro 27
SONHO (Eleonor de Vasconcellos)

Vejo em meu redor uma mística paisagem,
Ocultos voos soturnos numa imagem.
A mesma solidão, triste e humanizada.
Rasga-se na sombra um leve murmúrio,
Pequena luz,
Águas duma fonte.
Raios de sol tornam-se estrelas doloridas,
Aquecem corações!
Olho as nuvens, procuro…
Sonhos que pairam no ar,
Ocultas aspirações desconhecidas
Nascem nas cinzas do horizonte.
Hoje, as nuvens embalam-me nos braços,
O sonho paira agora sobre o mundo!
Eleonor de Vasconcellos (07/09/2010)
Despertares
Mas paradoxalmente, sinto-me muito Pires.
O estar de bem com a vida, identifico as causas. Esta primavera de outono e tudo e tudo...
O mau talvez se deva á chata "Conversa em Família" de ontem, repetições, repetições...
Este país está condenado a ter que optar entre um Triste Aníbal e um Alegre Manuel. Que negro fado de quem vive aqui e agora.
Devo ter tido pesadelos, ou bons sonhos, sei lá...
O facto, é que acordei com esta piroseira na cabeça; "Eu tenho dois amores, que em nada são iguais, mas não tenho a certeza, de qual eu gosto mais...". Com música e tudo. Pode?
Que mais me irá acontecer...
terça-feira, outubro 26
Quando o mail chega...
(Sebastião Antunes - Sabes, eu também)
segunda-feira, outubro 25
Gosto "bué" de ti, Raquel
Dizem-me que eu devo falar mais de coisas importantes. Falar ás pessoas
Perder o pejo de me expor em sentimentos, já que as minhas ideias sempre foram públicas
Mas tem sido complicado arcar com o peso da minha circunstância, escrever sério… Articular sentires. Timidez? Medo? Não interessa agora…
Dizer o quanto gosto de algumas pessoas, porque eu gosto muito de gente, de gente boa, vai passar a ser o meu lema
Por isso me apetece dizer o quanto gosto das tuas indecisões, dos teus medos, mas também da tua guerra pela vida. Mesmo achando que te falta alguma preparação, não estavas apetrechada para tanta luta
Gosto na mesma quando sou bruto, digo que devias ter algo para te dar coragem e tu respondes; Não pode, eu sou uma menina…
Até quando sou “ordinarote” e me chamas a atenção, ou quando te exijo; Ólhó respeito! Gosto muito de ti
Gosto do teu corpo miúdo, (lá estou eu a descambar), do sorriso travesso, dos olhos cúmplices e desse gesto engraçado com que acompanhas o “bico calado”
Gosto das longas gargalhadas escritas, quando eu exagero em piadas estúpidas, ou conto as minhas histórias por vezes chatas
Ver a nossa Luzinha no Ambiente de Trabalho, faz-me sentir muito menos solitário, acredita!
Amanhã, quando a vida assim o quiser e nos levar cada um para seu lado, vou levar-te na memória.
Podes crer.
ESPERANÇA (Eleonor de Vasconcellos)
És tu, escuridão, dona da noite, senhora dos sonhos...
Teimas em ficar, não queres desaparecer, mas
Esperas, sem fim, numa busca incessante e voluptuosa, e tentas encontrar
Reflexos de luz e felicidade,
Eternos sonhos, eterna saudade que te faça renascer!
Ambicionas a paz, o sossego...
Lá longe estará a luz,
Uma luz sem fim, etérea, que
Zelará por ti e te deixará entrar!
(Eleonor de Vasconcellos)