segunda-feira, janeiro 6

O REGRESSO DO PLEBEU



Não sendo um homem de muitas contradições, sempre tive uma certa queda pelo contraditório. Desde que me conheço, sempre fui do contra, a velha máxima anarquista, “hay gobierno? Soy contra”, assenta-me como uma luva. Eu, anarquista, me confesso.
Nenhum dia mais propício para o meu regresso, que o Dia de Reis, eu que sou o mais povo de todos os plebeus.
Não tenho estado bem, em termos de saúde. Todos os anos abuso do meu período mais criativo, (Junho a Outubro), trabalho em demasia e todos os anos me ressinto.
Vou voltar. Não direi que o faça em força, mas aos poucos, como a saúde mo permita.

Volto com um poema, (perdi o medo da designação), que poucos conhecem, nunca foi divulgado no facebook. Abre e dá título, ao meu livro brasileiro.

Ø EU, SINCERIDADE

AMO-TE, só com o meu saber empírico
Porque amar, deve aprender-se a dois
E eu, sempre segui por uma estrada solitária

AMO-TE, com alguns laivos de mágoas
Porque o espelho que me davam, só refletia incapacidades
Sem nunca exaltarem a mais pequena das minhas poucas qualidades

AMO-TE, com a angústia desta minha idade
Porque aos trinta anos, já se tinham ido todas as ilusões
E aos quarenta, os desejos mais secretos, estavam esquecidos

AMO-TE, com um terrível medo de mim
De não conseguir ser o homem que esperas
O que satisfaça os anseios de uma mulher como tu, perfeita

AMO-TE, num incomensurável pavor de te perder
Por ter as mãos vazias, sem nada palpável a te oferecer
E braços demasiado fracos, para te poder prender à minha vida

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