quarta-feira, novembro 16

Argonautas da Saudade


Ao estudar, quando nos falavam da nossa gesta como povo, davam-nos sempre as razões do rei, do clero e da nobreza. Mas o povo que embarcou, que lutou em praias distantes, que morreu de febres e escorbuto, fê-lo por outras razões. Os que procuravam a fortuna que lhe negava uma terra pobre e mal dividida, e os que partiam para sentir nostalgia, os Argonautas da Saudade.

Por todos os mares desliza
Uma pequena caravela
Tem no mastro como vela
Minha fralda de camisa

Se apanha um vaga lisa
Navega p’las águas dela
E vai ligeira, airosa e bela
Ao sabor da fraca brisa

Um português navegante
Ao singrar por sobre o mar
Quanto mais fica distante

Mais se enleia no pensar
E mil vezes olha o sextante
Que o gosto está em voltar

3 comentários:

  1. Força amigo, que estais indo divinalmente. Já dava um belo dum livro. Pensai nisso.

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  2. Maria Gertrudes Caladonovembro 16, 2011 10:02 da tarde

    Vês, vês!
    Eu bem digo, que devias escrever um livro, mas assim por este caminho um não chegará.
    Parabéns meu amigo, estás muito bem.
    Divinal esse teu estado.
    Abraço
    Maria

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