domingo, novembro 25

CUMPLICIDADES

Um pequeno texto escrito a quatro mãos. Descubram quem escreveu o quê.

Livro Antigo

Desfolho um livro velho que há muito não relia, com folhas amarelecidas pelo tempo, gastas pelo contínuo passar dos dedos.
Nelas se revelam, emoções, segredos, histórias reais ou inventadas, memórias saudosistas de um passado, muitas vezes vividas à pressa, sem tempo de as saborear.
Eram paixões que enlouqueciam, que me invadiam a mente e que hoje se perderam na inexorável voragem do tempo?
O meu lamento, a minha quebra de forças, por sentir que não vão voltar mais, a minha eterna saudade daquelas mãos macias que passavam, nos meus cabelos dourados!
O nosso livro continua lá marcado pelo tempo, mas com o mesmo viço em todas as folhas que viro. Ao correr das mãos arranco as mesmas ansiadas palavras, os mesmos gemidos roucos, marcados nos meus ouvidos, apesar do tempo.
E num respirar fundo, fecho o livro que encosto junto ao coração, apertadinho com as minhas duas mãos como se tivera medo que alguém se apoderasse de todo um passado que é só meu, lembranças só minhas de um amor que ainda não morreu.
Que nunca irei enterrar.

Joaquim Godinho & Celeste Leite
        24/Novembro/2012



1 comentário:

  1. Acho que esta parte é Joaquim:

    "Desfolho um livro velho que há muito não relia, com folhas amarelecidas pelo tempo, gastas pelo contínuo passar dos dedos.
    Nelas se revelam, emoções, segredos, histórias reais ou inventadas, memórias saudosistas de um passado, muitas vezes vividas à pressa, sem tempo de as saborear.
    Eram paixões que enlouqueciam, que me invadiam a mente e que hoje se perderam na inexorável voragem do tempo?"

    Daqui por diante a Celeste Leite:

    "O meu lamento, a minha quebra de forças, por sentir que não vão voltar mais, a minha eterna saudade daquelas mãos macias que passavam, nos meus cabelos dourados!
    O nosso livro continua lá marcado pelo tempo, mas com o mesmo viço em todas as folhas que viro. Ao correr das mãos arranco as mesmas ansiadas palavras, os mesmos gemidos roucos, marcados nos meus ouvidos, apesar do tempo.
    E num respirar fundo, fecho o livro que encosto junto ao coração, apertadinho com as minhas duas mãos como se tivera medo que alguém se apoderasse de todo um passado que é só meu, lembranças só minhas de um amor que ainda não morreu.
    Que nunca irei enterrar.

    ACERTEI ???????????????

    Amo este texto, também sinto saudades do tempo que se foi...

    Parabéns !!!!

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