quarta-feira, setembro 1

Histórias de Mulheres

Orquídia Rosa, era uma mulher inteligente, bonita, culta e muito divertida. Tinha no entanto o espírito fraco das burguesinhas mimadas. Outrora muito bem de vida, nunca se habituou aos percalços do tempo e á perda de “status”. Obrigada a trabalhar por conta de outrem, coisa que por impensável noutros tempos, nunca obteve preparação, revelou-se sempre medrosa e incapaz de dar o seu “grito do Ipiranga”.


O medo de perder o emprego, de que tanto precisava, tolhia-lhe a alma e levava-a a engolir calada todo o género de afrontas. Nunca ganhou o respeito dos superiores, nem a estima dos subordinados. Limitava-se a ser um enfeite no trabalho, onde era vista como um “bibelot”, tão lindo quanto inútil.


Um dia, mais cedo do que se pensava, esqueceram-se dela na sua gaiola dourada. E ficou assim entre a vida e o medo de se afirmar. Nunca mais ninguém a recordou, nem deixou saudades.

10 comentários:

  1. Ganda nóia este bibelot!!! dava geito para pôr em cima da TV da sala, se for das antigas, porque nas modernas não cabe, tadinha da acéfala perdeu o melhor da vida, saber-se impor! mas pela foto ela é gira, não me importava que ela se "im pusesse" na minha sala.

    marido da Maria Cachucha

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  2. Inteligente, bonita, culta e medrosa.
    Esta definição de burguesa mimada até não está má. Os adjectivos "inteligente" e "culta".parecem deslocados a avaliar pelo que a esperava. Podia ficar só bonita e medrosa. Assim ficava mais de acordo com a situação futura da menina.

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  3. Eu a contrataria! Trinta "paus" a diária (uma vez por semana), mais a condução. Lavar, passar, cozinhar, fazer faxina e um "extrinha" de vez em quando.

    marido da Raimunda

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  4. Se a Orquídea Rosa desse o grito do Ipiranga, no mesmo instante ia para o olho da rua. Por isso eu acho que é inteligente, deixá-los mandar. Tudo a seu tempo, quem sabe…
    um dia a deixem trabalhar do jeito dela e não do jeito deles…

    O marido de outra qualquer.

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  5. Pois é marido...
    Bem podes esperar sentado.
    O poder não se dá, conquista-se.

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  6. Oh senhor anónimo especifique de quem é o marido q tem q esperar sentado se o meu se o da outra qualquer, é q se for o meu temos "borras" no fundo da panela!!!

    Maria Cachucha

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  7. Ahahaha
    Põe a mão na anca e cá vai disto.

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  8. Discordo somente do nome. Tinha que se chamar Marieta: feia de cara, linda de t....


    tio do padrinho do primo do irmão do cunhado do marido da Raimunda

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  9. O poder não se dá, conquista-se. Isso é o certo e normal. Em Seda não se conquista, dá-se. Não importa se …desde que…só porque…

    O marido.

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  10. Sim a custa do marido vai se longe mesmo sendo pouco esperta.

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