sexta-feira, abril 27

Escrever ao vento

Tento escrever ao vento, sem nada para dizer
Convoco as palavras que me cercam e que doidas me tentam fugir
Eu e as palavras não nos damos
Comportam-se comigo como antigas namoradas traídas
Estão sempre a tentar fugir dos meus textos, por vingança

Tento agarrar esta que aqui vai, "imaginação", mas não me espera
- Vem cá traidora, aproveitas que eu hoje trago braços curtos...

É assim a vida, hoje não consegui agarrar a "imaginação", só a "teimosia".
E escrevo-me sem ter nada para dizer, mas insisto.
A "insistência" é minha amiga, raramente me abandona.

Gosto de quem escreve sem querer dizer nada, sem dar lições.
Quem tem muito para dizer torna-se quase sempre chato, cheio de pose.
Os discursos balofos entediam-me até ás nauseas.
Detesto poetas convencidos que escrevem meias frases como se fossem versos
Eu escrevo textos curtos porque não consigo fazer melhor.

Os curtos escritos que faço dão a medida exata das minhas ideias, curtas...
E detesto que lhe chamem poesia, porque eu não sei "condensar o mundo num só grito".

2 comentários:

  1. tento imaginar...
    se soubesses condensar...
    o mundo num só grito...
    então, como seria ???
    mas não consigo...

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  2. PERFEITO...

    TENS A EXCELÊNCIA ... QUANDO ESCREVES...

    ACREDITA !!!

    VOCÊ É UM CAMPEÃO !!!

    VENCEDOR !!! SUPERANDO SEUS LIMITES!!!

    SEM VER... QUE É TUDO PELA FÉ !!!

    ÉS CAMPEÃO !!! VENCEDOR !!!

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