terça-feira, fevereiro 28

Por um fio

Trago a vida por um fio
Não é fácil viver assim acreditem
Todos nos sabemos mortais mas a longo prazo, sempre
A morte é algo que não me preocupa e estou preparado

Mas para o inevitável, que o Céu me caia na cabeça, não assim
Sinto que tenho obrigação de fazer tudo para prevenir o evitável
De me defender de situações que podem ser controláveis
Tentar lutar contra o pouco caso, o deixa andar…

Alguém imagina o que é dormir com um machado suspenso sobre a cabeça?
Eu estou assim há algum tempo, tempo demais
Já tarde, percebo que não posso insanemente ignorá-lo
É muita leviandade prescindir do instinto de sobrevivência

A minha vida não nada de muito importante, nem para mim
Mas terei direito a entrar assim nesta “roleta russa”?
Permitir a presença do machado de gume afiado sobre a cabeça?
Sei que não, até porque nestes últimos dias está a ser-me difícil dormir.

Está na hora de fazer alguma coisa
Não sei o quê, mas esta é a hora.

 2012 02 26

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