domingo, agosto 28

Divagando...


Quem sabe a minha falta de imaginação esteja a passar, mas não de todo, claro. Já me apetece escrever, mas ainda não consigo acabar duma vez, tem que ser por etapas. Ontem escrevi algumas coisas, com rosto, destinatário. Deixo aqui um pedaço de um deles, que está a ser escrito por etapas, porque ainda tenho muito tempo. Mas pressinto que vai ser do agrado do destinatário.

“Há palavras que de tanto usar se tornam banais. “Parabéns” é uma delas. Devia haver um outro grau de felicitar alguém por mais um aniversário; o normal, para as pessoas comuns e uma palavra nova, diferente, que até podia ser inventada na hora, para quem se gosta muito. 
Por exemplo: Repzigue. Então, todos os dias se inventavam palavras novas que só tinham valor para duas pessoas, para mais ninguém, mas para elas valeriam tudo, porque eram únicas como as pessoas. 
E as pessoa tinham que usar uns caderninhos para ir apontando as palavras inventadas e a quem correspondiam, até que elas ganhassem rosto. E os que tivessem caderninhos com mais palavra novas eram os mais ricos, os mais valorizados, por terem mais amigos. Talvez um dia as palavras banais caíssem em desuso e se pudessem dizer as coisas com palavras únicas.
Até não ser assim eu vou cumprindo o rito anual para as pessoas de quem gosto, de uma outra maneira, como eu quero, divagando ou contando histórias. Tentando fazer-lhes saber que são diferentes e únicas para mim. E merecem ter uma palavra com o rosto delas, que só me façam lembrar delas.”

Espero conseguir dar a volta ao texto.

3 comentários:

  1. A tua imaginação é prodigiosa, assim como o teu bem escrever (e pensar)

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  2. Maria Gertrudes Caladoagosto 29, 2011 12:01 da tarde

    Lindo texto meu amigo!
    Chamas a isto falta de imaginação...!?
    As tuas "palavras" são sempre únicas, são as tuas e olha gosto, gostei do que li, da mensagem, continua assim "divagando"!
    Um abraço.
    Maria

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