FALTAS-ME
faltas-me
como
falta
a
água para ser chuva
se
o que cai do céu
são
mais que estrelas cadentes
faltas-me
como
falta
o
ar para estar cheio
ao
balão que a criança sorridente
segura
e
que pinta de mil cores
o
sorriso que alegra o momento
faltas-me
como
falta
a
palavra no texto
e
o deixa incompleto
e
sem sentido
de
sentido aberto e desnorteado
não
consentida
a
falta de sentido
faltas-me
como
falta
a
estrutura da ponte
que
une margens
e
que liga
e
aproxima
e
que a distância
mesmo
não afastando
teima
em adiar
faltas-me
como
falto a mim
quando
me falto
pela
falta que me fazes
Pedro Sobreda
Registo
IGAC Procº Nº. 5957/2013
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