Foi-me pedido este texto para usado numa aula de
formação de adultos, mas ficou tão duro que não serviu. Já escrevi muito sobre
política e parei por isso mesmo. A minha dureza exacerba-se com estes temas e
eu não gosto.
Direitos
& Deveres
“A
paz, o pão, saúde, educação, só há liberdade a sério e de decidir, quando
pertencer ao povo o que o povo produzir”.
Direitos
e deveres do cidadão, querem que fale, mas é muito difícil falar no concreto
sobre utopias. Portugal não tem cidadãos, tem um rebanho de pagadores de
impostos, uma massa anónima e sem coragem, que vive á mercê dos incompetentes
do momento.
O
que é feito dos direitos inalienáveis de há décadas? Habitação, saúde,
trabalho, educação, onde estão eles?
Restou
o direito de eleger e ser eleito, o direito a ser enganado ou a enganar. E a
liberdade de expressão; ou seja, o direito de falar sem ser ouvido. Quando não
se critica o chefe ou o patrão, porque aí fia mais fino.
Deveres?
Temos! Pedem-nos de quatro em quatro anos que elejamos os mesmos farsantes, que
qual ópera bufa no dia seguinte fazem um “ohriopss”, tiram as máscaras de cores
várias e descobrimos que nada mudou. Têm os mesmos focinhos de ratos de esgoto
e servem todos o mesmo senhor; O Dinheiro.
Ah!
Já me esquecia do nosso maior dever de cidadãos, pelo qual somos louvados;
Solidariedade Social, (pagar impostos). Que entregamos na mão dos incapazes.
O
Cardeal Mazarino dizia que não se devia aumentar os impostos aos ricos, porque
eles deixariam de consumir e um rico que consome, alimenta muitos pobres. Devia
ir-se á classe média, estes quanto mais pagavam mais trabalhavam, ou para não
caírem na pobreza, ou para chegarem a ricos e escaparem aos impostos.
E
esta escumalha que tomou o país de assalto, matou a galinha dos ovos de oiro, a
Classe Média. Somos um país de pobres; de cabedais e de espírito.
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