ESCREVO-TE
escrevo
flores
no
inverno
de
côr intensa e não dissimulada
que
aqueça a alma
bebo-lhes
o sabor
como
o lume aceso
abraça
a sala despida
o
aroma de terra-mãe
é
de virgem semente
que
a imaginação faz germinar
enquanto
lhes bebo o sabor
as
vidraças do quarto
estão
molhadas de geada
enquanto
me sacio nos sentidos
as
palavras beijam
chego-me
a ti
no
que escrevo pelas ruas
e
o lápis
que
dá vida às palavras
e
onde se agarram os meus dedos
foste
tu que deixaste para te tocar
Pedro
Sobreda
Registo
IGAC Procº Nº. 5957/2013
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