Capitulo I
Marina acordou de repente com um raio
de Sol a entrar pela janela:
- Diacho, murmurou, outra vez o
telemóvel não tocou.
Levantou-se num ápice e tomou o seu
duche a correr, vestiu-se, olhou para o quarto e passou os olhos, não havia
nada que indicasse alguma presença masculina, à desarrumação encolheu os ombros
e pensou:
- Não tenho tempo, logo faço a cama.
Passou pelo escritório, apressada pegou
na pasta, no computador e na saída a carteira, e …elevador que se faz tarde. Ao
chegar à porta da rua reparou que lhe faltava alguma coisa.
- Bom, hoje é dia não.
Voltou a casa e pegou numa folha
dobrada onde estavam as folhas dos testes de Filosofia que iria fazer nesse dia
a uma turma 10º ano.
Voltou a descer, desta vez a correr
pelas escadas e porta fora sem olhar, apanha um encontrão de um indivíduo. Tudo
cai no chão, os testes voam, voam por todos os lados.
- Estúpido!
A situação tornou-se caricata, apanhar os
testes que voavam como folhas ao vento. O homem ajudava, mas a vergonha da
situação estava estampada nos rostos dos dois.
- Desculpe, desculpe! Eu ia a pensar na
vida, vida de professor. Desculpe!
- Não faz mal. Quero os meus testes, já
estou atrasadíssima.
Conseguiram apanhar os testes quase
todos, mas houve um instante, pequeno, enquanto apanhavam os testes, em que as
suas mãos se tocaram e um arrepio passou no corpo de ambos. Estremeceram…
Ambos atrasados, mas ele ainda disse:
– Desculpe, diga-me o seu nome...
- Marina. - E a correr, meteu a chave
na porta do carro e arrancou -.
Porque já era tarde ou porque ao olhar
para aquele homem a impressionou de alguma maneira?
(continua…)
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