Eu
navego em águas frias e alterosas.
Numa
gélida e profunda noite escura.
E
num mui breve momento de loucura,
Sinto-me
a caminhar por entre rosas.
Ouço
as vozes dos anjos, melodiosas,
E
viro minha cabeça numa vã procura,
Mas
só há mesmo um som que perdura.
Estouro
em espuma, ondas tenebrosas.
Vivo
esta vida tendo a mesma sensação,
De
um condenado com hora já marcada,
Sem
direito a outro futuro, nem perdão.
Que
da sua breve vida já não espera nada,
Do
que subir numa triste e infinita solidão,
De
quem tem só por destino a final escada.
(jag 13/01/27)
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