Em
tempos que já lá vão, Deus abriu as portas do Céu para que saíssem para o
Universo duas Consciências que estavam desejosas por descobrir o espaço
sideral.
Antes,
porém, Deus disse-lhes:
-
Partis daqui levando apenas pensamentos estrelares como bagagem, porém não
encontrareis porto de abrigo, cabendo-vos a construção do novo mundo.
A
Luz, a Paz e o Amor elas levavam na bagagem, mas onde e como arranjar lugar
para ancorar?
E,
com estes pensamentos estrelares, lá partiram confiantes na realização da
tarefa que lhes cabia.
Quase
no início da “viagem” foram apanhadas por uma tempestade de ventos solares e
meteram na mala uma partícula de calor. Pouco depois encontraram uma nuvem
perdida e também a levaram. O calor e a nuvem (que não era pequena) já pesavam,
mas as nossas amigas não perderam a coragem e avançaram convictas de que
encontrariam o necessário para que se realizasse o que tinham que fazer.
Ainda
estavam nestes pensamentos quando depararam com um meteoro que havia sido
projetado não se sabe de onde e seguiram acopladas a ele até que este parou e
se fixou num ponto do Universo.
Aí
abriram a mala e soltaram a nuvem que depressa se desfez em água, criando rios
e oceanos, mas o meteoro arrefecera e o frio tornou-se quase insuportável. Foi
então hora de abrir mão da partícula de calor solar e, de imediato o meteoro
aqueceu. Mal tinham feito isso, ouviram a voz do Sol, que, do firmamento, as
saudou com um sorriso muito feliz:
-
Estou muito grato e muito feliz por terem aquecido esse pequeno meteoro que,
brevemente, se transformará num lindo planeta ao qual enviarei diariamente a
minha luz, o meu calor, o meu brilho e o meu amor.
E,
como a água é composta de oxigénio e hidrogénio, algum oxigénio se soltou,
rodeando por completo o pequeno meteoro, formando com outros gases uma
atmosfera perfeita para se criar vida.
A
pouco e pouco, uma vegetação linda começou a despontar, pequenos animais
surgiram nos rios e nos oceanos, outros de diversos tamanhos e espécies foram
aparecendo por entre o verde das plantas.
As
Consciências estavam realmente felizes! Tão felizes que se transformaram em
seres não só de luz, amor, paz e tranquilidade, mas com corpos bem formados e
chamaram-se homem e mulher.
Também
elas se multiplicariam neste novo mundo, tão acolhedor, ao qual deram o nome de
PLANETA TERRA.
Maria La-Salete Sá
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