Sonho

Por vezes quando a cabeça está mais vazia

Abro o word e escrevo palavras á toa

Quarenta, cinquenta, sem nada que as una

Palavras soltas, sem nexo nem sentido

Depois colo, troco, apago, pontuo

Tento dar ordem ao caos da minha cabeça

Timidamente, começam a formar-se ideias

Primeiro simples, depois mais elaboradas

Formam-se conceitos que pedem mais palavras

E ás tantas, eu já não sei se sou eu o autor

Se é o texto que está vivo e se escreve

De repente, deixou de ser caos e sou eu.

(quem dera que os sonhos fossem tão fáceis de arrumar como as palavras)