Não
sendo um homem de muitas contradições, sempre tive uma certa queda pelo
contraditório. Desde que me conheço, sempre fui do contra, a velha máxima
anarquista, “hay gobierno? Soy contra”, assenta-me como uma luva. Eu,
anarquista, me confesso.
Nenhum
dia mais propício para o meu regresso, que o Dia de Reis, eu que sou o mais
povo de todos os plebeus.
Não
tenho estado bem, em termos de saúde. Todos os anos abuso do meu período mais criativo,
(Junho a Outubro), trabalho em demasia e todos os anos me ressinto.
Vou
voltar. Não direi que o faça em força, mas aos poucos, como a saúde mo permita.
Volto
com um poema, (perdi o medo da designação), que poucos conhecem, nunca foi
divulgado no facebook. Abre e dá título, ao meu livro brasileiro.
Ø EU,
SINCERIDADE
AMO-TE,
só com o meu saber empírico
Porque
amar, deve aprender-se a dois
E
eu, sempre segui por uma estrada solitária
AMO-TE,
com alguns laivos de mágoas
Porque
o espelho que me davam, só refletia incapacidades
Sem
nunca exaltarem a mais pequena das minhas poucas qualidades
AMO-TE,
com a angústia desta minha idade
Porque
aos trinta anos, já se tinham ido todas as ilusões
E
aos quarenta, os desejos mais secretos, estavam esquecidos
AMO-TE,
com um terrível medo de mim
De
não conseguir ser o homem que esperas
O
que satisfaça os anseios de uma mulher como tu, perfeita
AMO-TE,
num incomensurável pavor de te perder
Por
ter as mãos vazias, sem nada palpável a te oferecer
E
braços demasiado fracos, para te poder prender à minha vida
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