Não
tenho nada que escrever, nem nada para contar.
Venho
por hábito, para cumprir promessa. Mas não trago poesia nem prosa, não trago
mesmo nada de valor, só o meu pensamento que não consente em parar.
Venho
sempre na esperança que a escrita se acenda, mas fico-me na esperança, por
hoje.
OUTONO (Micro Conto)
A
bela índia, tinha os mais lindos olhos castanhos rasgados, e um bouquet de
flores silvestres na boca de veludo. E o poeta, olhos tristes e intensos, resquícios
de décadas e décadas de espera e solidão. Encontraram-se, por acaso, numa tarde
quente de verão, quase Outono das suas vidas. Olharam-se e reconheceram-se. Tinham
chegado ao fim da sua longa procura do outro.
Depois,
uniram-se num abraço tão intenso, que expulsou o mar.
J A G – 25/09/13
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