Aqui sou mauzinho, confesso, mas não resisti a esta
alfinetada, só para fazer crer que não me agradam estes desafios, mas adoro-os.
Venham mais cinco.
Até que
ponto somos livres?
Imaginam
de onde poderia surgir esta pergunta?
Acertaram!
Da cabeça de uma mulher. Se acrescentarem filha única, mimada e um tudo-nada
infantil, temos o “caldo” propício a perguntas difíceis…”e depois?”.
Apetece-me
responder com o estafado; “a nossa liberdade termina onde…”, blá blá blá.
Ou mesmo fugir ao meu bom feitio e responder:
-
Porque não vai fazer perguntas difíceis ao Camões?
Duvido
muito que obtivesse resposta do poeta, diga-se.
Assim
sendo, não vou ter outro remédio que responder á Oráculo de Delfos, satisfazer
a pergunta sem me comprometer na resposta.
Bem!
O limite da liberdade é a consciência. Só é totalmente livre quem não a tem. Se
eu fosse completamente livre, hoje diria algumas verdades que me iriam
restringir a liberdade.
Não
tenho outro remédio que prescindir voluntariamente de alguma da minha liberdade
para poder continuar a ser livre. Um paradoxo.
Mas
o que não digo penso.
A
liberdade de pensamento é a única que não tem mais amarras que a imaginação, a
inteligência. Só se é completamente livre quando se pensa e tanto mais livres
quanto maiores forem as asas da imaginação, a bagagem cultural.
Agora
minha amiga, esqueça tudo o que leu e venha de lá outra pergunta.
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